
Os inspetores internacionais que analisam em Atenas as políticas de austeridade do governo grego insistem na redução do número de funcionários públicos como uma das medidas para conter o déficit. Após a retomada na quinta-feira das reuniões, paralisadas desde o dia 2 de setembro, vários jornais gregos se referiram nesta sexta-feira ao pedido dos representantes da "troika" - formado pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) - pela diminuição da enorme Administração grega. Segundo o jornal Eznos e algumas emissoras de televisão, a "troika" exige que a Grécia demita imediatamente 3% do total de 900 mil funcionários públicos, o que permitiria economizar 1,5 bilhão de euros até 2012. O compromisso com a União Europeia e o FMI é de reduzir em 30% o número de funcionários até 2015. O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, convocou o Conselho de Ministros no domingo para analisar o projeto de colocar 30 mil funcionários na "reserva" durante um ano, período no qual receberiam 60% do salário, sendo demitidos em seguida, a não ser que o governo possa contratá-los novamente. Esse projeto encontrou dificuldades legais e constitucionais, além da oposição dos sindicatos e de boa parte da classe política. Os inspetores internacionais também não estão contentes com a falta de resposta das 151 empresas e organismo públicos aos quais o Governo solicitou uma lista com 10% dos empregados que possam ser cortados. Os inspetores também analisarão os orçamentos estatais para 2012, que serão tramitados pelo Parlamento a partir de segunda-feira e espera-se que sejam votados no final de outubro. O objetivo é reduzir o déficit ainda este ano em até 7,5%, até chegar a 3% em 2014. O relatório final da "troika" será concluído somente quando a Grécia receber o sexto lance do resgate aprovado em 2010, avaliado em 8 bilhões de euros, e que o país espera que seja entregue em 13 de outubro em uma reunião extraordinária do Eurogrupo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário