quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Obama libera documento sobre uso de drones contra cidadãos dos EUA 07/02/2013


Autoridades de auto-escalão podem dar ordens para que drones matem cidadãos estadunidenses no exterior suspeitos de ter relação com a Al Qaeda | Foto: U.S. Navy Naval Aviation News
Da Redação
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou senadores a acessarem a íntegra do dossiê confidencial que permite a emissão de ordens para o assassinato de cidadãos estadunidenses no exterior. A notícia foi divulgada na noite desta quarta-feira (6) pelo site Huffington Post, que recebeu a informação de uma fonte confidencial do governo, e confirmada pelo senador democrata Ron Wyden ao The New York Times.
Segundo a fonte anônima, a decisão teria partido diretamente de Obama. A Comissão de Inteligência do Senado, que trata de temas relativos à Inteligência e Defesa, terá acesso ao documento nesta quinta-feira (7). Depois, ele se tornará acessível a todos os senadores. No entanto, o texto não deve se tornar público. Associações de direitos humanos pedem na Justiça o direito de acessar o documento desde 2011, sem sucesso.
De acordo com o resumo do documento original, o extermínio de cidadãos estadunidenses no exterior suspeitos de ter ligação com a rede terrorista Al Qaeda pode ser considerado legal se forem observadas três condições: se uma autoridade de auto-escalão e bem informada determinar que o alvo em questão representa uma ameaça de ataque iminente contra os EUA; se a captura do alvo for inviável, mas seu monitoramento ainda for possível; se a operação for realizada de forma consistente às leis de princípios de guerra.
O texto fala sobre o conceito de “ataque iminente” e autoriza o governo a realizar a operação mesmo que não haja provas concretas de uma conspiração da Al Qaeda. De acordo com o documento, “o grupo efetuará tais ataques sempre e quando for possível para eles”.
O dossiê foi redigido meses antes do assassinato de Anwar al Aulaki, clérigo muçulmano nascido nos EUA e suspeito de pertencer à Al Qaeda. Aulaki foi morto em setembro de 2011, no Iêmen, em um ataque de drones que também vitimou seu filho, de 16 anos, e outros três estadunidenses.
Com informações do Opera Mundi

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