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O
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, elogiou a iniciativa do
vice-presidente colombiano, Angelino Garzón, e fez coro à necessidade de
que seja realizada uma investigação sobre a compra de 18 aviões
militares dos Estados Unidos por opositores de seu país, para que fossem
levados a uma base militar na Colômbia, de onde partiriam agressões
contra o país caribenho. A denúncia foi feita pelo ex-vice-presidente
José Vicente Rangel no último domingo (09).
"Frente às
denúncias de José V. Rangel na Venezuela acho que o melhor que a
Colômbia pode fazer é solicitar a verificação da ONU", afirmou hoje
Garzón em mensagem no Twitter.
"Que
se averigue, agora não sei se a ONU, a Unasul", sugeriu Maduro e
mencionou que o investigador pode ser o secretário-geral do mecanismo, o
venezuelano Alí Rodríguez.
Rangel disse
que os aviões foram negociados no dia 27 de maio na cidade de San
Antonio no Texas "entre executivos da indústria de aviões de guerra e
venezuelanos da oposição", e que seriam enviados para uma base militar
americana localizada na Colômbia.
Paramilitares
O ministro do
Interior da Venezuela, Miguel Rodríguez Torres, detalhou, nesta terça
(11), a detenção de nove pessoas vinculadas com dois grupos
paramilitares colombianos que realizariam "uma missão em Caracas", que,
as autoridades não descartam, poderia ser um atentado contra o
presidente Nicolás Maduro.
O presidente
afirmou que os paramilitares detidos no oeste do país não serão
extraditados: "anuncio aqui que vamos processá-los e que vão cumprir
suas penas na Venezuela, não vamos entregá-los à Colômbia. Vão cumprir
suas penas na Venezuela, porque vieram aqui para assassinar
venezuelanos", disse Maduro durante um ato de governo em Caracas
transmitido pela emissora de TV estatal VTV.
Maduro disse
ainda que a captura dos paramilitares “é uma das tantas provas” que
serão apresentadas acerca de uma conspiração contra seu governo, como
vêm denunciando desde a campanha eleitoral. “Sei o que estou dizendo”,
garantiu, afirmando que, após a captura dos colombianos, “a direita
ficou calada”.
Maduro
afirmou também que os supostos paramilitares capturados "são muito
conhecidos no mundo dos assassinatos políticos na Colômbia". Segundo o
mandatário que entre os objetivos dos supostos paramilitares estava
matar soldados venezuelanos, aumentar os homicídios no país e
assassiná-lo.
“Quando nós
dizemos que tem uma direita fascista que foi à Colômbia para conspirar
contra a Venezuela, é porque nós... Ai meu deus, não posso falar mais,
algum dia, mais pra frente, vou contar tudo, quando os tenhamos
totalmente desmantelados, aí poderei contar tudo”. Maduro disse também
que os colombianos capturados traziam mapas e tinham conexão direta com
venezuelanos em Caracas. “Estamos a ponto de capturar alguns deles”,
afirmou, dizendo saber que muitos dos supostos conspiradores passarão a
se definir como “perseguidos políticos”.
Segundo
Maduro, o financiamento do que denomina “conspiração” contaria com a
participação de uma associação civil chamada “Gente do Petróleo”. De
acordo com ele, o destino de “grandes quantidades de dólares” para tais
operações teria por trás membros da indústria petrolífera que atuaram no
“paro petrolero” (2002-2003), uma ação política iniciada no setor do
petróleo, quando a oposição paralisou a economia venezuelana, em uma
tentativa de derrubar Hugo Chávez. Esses membros, segundo Maduro, hoje
residem na Colômbia.
Do portal Vermelho com Opera Mundi e Efe

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