Vale a pena ser lida a nota que o Banco Central divulgou neste fim de semana em resposta à reportagem da revista Época dizendo que a instituição foi omissa diante de denúncias envolvendo a liquidação dos bancos Cruzeiro do Sul e Morada. É um exemplo de posicionamento firme frente a uma matéria enviesada, direcionada e sem consistência alguma.
Revela também como age hoje boa parte da imprensa, infelizmente, com interesses políticos e comerciais.
Em resumo, a reportagem da Época diz que o BC fez vista grossa sobre irregularidades que teriam ocorrido nos dois bancos citados. O caso envolveria o Fundo Garantidor de Créditos, que assumiu a gestão das instituições falidas. O fundo estaria usando os bancos para favorecer terceiros em contratos de serviço.
A nota do Banco Central mostra que o autor da reportagem, Felipe Patury, ignorou todos os esclarecimentos feitos pela instituição. Para tanto, mostrou todas as perguntas enviadas e as respostas dadas. O Banco Central ainda classifica de “mentirosas” as afirmações contidas na matéria.
O BC também diz que os antigos banqueiros das instituições falidas tiveram seus interesses contrariados e tentam denegrir a reputação do BC.
“É, entretanto, lamentável, que um profissional de um órgão de imprensa de reconhecida referência se deixe pautar por esses interesses escusos”, afirma a nota, em tom duríssimo.
A nota não cita os nomes desses ex-banqueiros com “interesses escusos”, agora ajudados pela reportagem da Época. Mas o Brasil 247 afirma que a referência é clara: o banqueiro falido Luís Octávio Índio da Costa, que quebrou o Cruzeiro do Sul e deixou um rombo bilionário na praça.
“Segundo fontes ligadas ao BC, seria ele, Luís Octávio Índio da Costa, quem estaria tentando minar a credibilidade do sistema de fiscalização bancária e de administração das instituições em regime de liquidação ou falência”, diz o Brasil 247.
Não é por acaso que Índio da Costa, sobrinho do banqueiro e vice de José Serra em 2010, escreve no Globo artigos defendendo a Ficha Limpa, como se não tivesse nada a ver com a família. Tem quem os defenda na Globo e na Abril. Deram um golpe de mais de R$ 3 bilhões. E estão aí vivendo a vida junto com a elite criada pela mídia Global e pela revista Veja. Um mundo à parte do Brasil e de seu povo que precisa vir a público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário