sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Corrupção tucana na prefeitura em SP: Fiscal confirma propina e faz delação premiada 01/11/2013


FISCAL CONFIRMA PROPINA E FAZ DELAÇÃO PREMIADA


Preso na operação que desbaratou um esquema de fraudes estimadas em cerca de R$ 500 milhões na prefeitura de São Paulo, Luis Alexandre de Magalhães decidiu colaborar com a Justiça; vai contar detalhes da corrupção que atingiu o coração do sistema de arrecadação municipal; os quatro presos faziam parte da equipe do ex-secretário Mauro Ricardo, indicado por José Serra para cuidar das finanças na gestão de Gilberto Kassab

1 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 06:14

247 - A Operação Necator, deflagrada pela corregedoria da prefeitura de São Paulo para desbaratar uma quadrilha que reduzia dívidas de tributos municipais de grandes construtoras, promete trazer fatos novas nas próximas semanas.

Um dos presos, o fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalhães, decidiu colaborar com a Justiça. Além de confirmar o esquema de corrupção do "ninho" descoberto pela equipe do prefeito Fernando Haddad, ele aceitou fazer uma delação premiada. Ou seja: em troca de novas informações, poderá reduzir suas penas.

De acordo com o promotor Roberto Bodini, as informações são valiosas. "Ele apresentou detalhes que só alguém que participava do grupo conhecia", afirmou.

Nomeados pelo ex-secretário Mauro Ricardo, indicado por José Serra para cuidar das finanças de São Paulo na gestão de Gilberto Kassab, os quatro fiscais arrecadavam cerca de R$ 80 mil por semana há cerca de quatro anos, aliviando as cobranças de tributos municipais de grandes empresas – a propina, quase sempre, era paga em dinheiro vivo. Pelo menos 500 imóveis tiveram sua construção liberada em São Paulo mediante pagamento de vantagens indevidas. O prejuízo estimado pela prefeitura é de R$ 500 milhões.

Além de Magalhães, foram presos outros três técnicos da prefeitura: Eduardo Horle Barcellos e Carlos Augusto di Lallo do Amaral, que foram diretores da Secretaria de Finanças da prefeitura, e Ronilson Bezerra Rodrigues, subsecretário da Receita municipal entre 2009 e 2012.

Magalhães, considerado o "peixe pequeno" da quadrilha, conseguiu acumular um patrimônio imobiliário de R$ 18 milhões em seu nome, embora tivesse um salário de R$ 14 mil mensais.

Em entrevista ao 247, o prefeito Fernando Haddad afirmou estar fazendo um acerto de contas (leia aqui).

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