O general brasileiro Fernando Rodrigues Goulart será o novo comandante da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), no lugar do compatriota general Luiz Ramos, anunciou a ONU nesta terça-feira.
Goulart, que foi comandante de setor da missão de paz da ONU no Nepal em 2007, trabalhou de 2008 a 2010 no Departamento de Operações de Paz da ONU como oficial de Ligação Militar das Divisões da Europa e América Latina.
Depois de ser promovido ao posto de general, comandou a 8a Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, no Rio Grande do Sul, em 2011 e 2012, sua mais recente posição.
Ele substitui o general Luiz Ramos, que ficou um ano à frente da Minustah e completou sua tarefa nesta terça.
Como líder militar da missão de paz, o Brasil é o país com o maior contingente de militares estrangeiros no Haiti, com 2.100 homens, e suas tropas são responsáveis pelo patrulhamento da capital Porto Príncipe, incluindo regiões sensíveis, como os bairros de Bel Air e Cité Soleil.
De acordo com um plano recentemente aprovado pela ONU, serão retirados cerca de 2.700 homens da missão nos próximos anos, reduzindo o contingente a 10.600 soldados e policiais, nível anterior a janeiro de 2010, quando a presença foi ampliada como resposta ao devastador terremoto que atingiu o Haiti e matou mais de 250 mil pessoas.
A Minustah foi criada em 2004, após uma sangrenta revolta que levou à queda do então presidente haitiano Jean Betrand-Aristide, que retornou ao país em março após sete anos no exílio.
Nos últimos anos a Minustah tem enfrentado crescente impopularidade entre haitianos, após alegações de que soldados brasileiros e uruguaios teriam cometido abusos aos direitos humanos.
Em um episódio separado em 2010, os haitianos exigiram a retirada completa da força devido às suspeitas de que soldados nepaleses da ONU teriam iniciado uma epidemia de cólera no país, ao contaminarem um rio com fezes. A acusação motivou violentos distúrbios.
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