quinta-feira, 10 de maio de 2012

Irã defende desenvolvimento de fortes laços com países muçulmanos 10/05/2012


Teerã – O Irã enfatizou hoje sua determinação a impulsionar relações amistosas e mais fortes com todos os Estados islâmicos, em particular seus vizinhos árabes do Golfo Pérsico, uma postura também exposta por seu chanceler no Egito.

Imagen activa
  Alí Akbar Velayati, conselheiro para Assuntos Internacionais do líder supremo da Revolução Islâmica, aiatolá Alí Khamenei, assegurou que a política geral do Irã "prioriza, sem dúvidas, desenvolver uma relação forte com países muçulmanos".
Velayati conversou em Teerã com membros de uma delegação de eruditos e clérigos islâmicos egípcios, a quem expressou o desejo de normalizar os vínculos bilaterais, e remover a tensão naqueles existentes com as monarquias sunitas do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico (CCG).
Nesse sentido, chamou os vizinhos muçulmanos a estar mais unidos para atingir suas metas comuns, ainda que se recusou a mencionar recentes fricções entre a nação persa e os Emirados Árabes Unidos pela visita do presidente Mahmoud Ahmadinejad à ilha de Abu Moussa.
A viagem de Ahmadinejad no dia 11 de abril à ilha do Golfo Pérsico, cuja soberania reclama Abu Dhabi, desatou uma série de declarações hostis aos iranianos por parte do CCG, da Liga Árabe e de muitos de seus 22 Estados membros.
A raiz da visita a Abu Moussa, em disputa legal por parte dos Emirados, assim como as ilhas Grande Tunb e Pequena Tund, o porta-voz da chancelaria, Ramin Mehmanparast, advertiu que funcionários públicos iranianos continuariam viajando a esses territórios.
"A unidade entre as nações será possível, só através de fortes relações", afirmou Velayati, cuja mensagem coincidiu com o do chanceler iraniano, Alí Akbar Salehi, perante seus colegas dos países Não Alineados (NOAL) reunidos hoje em Sharm Al-Sheikh, no Egito.
De acordo com a agência oficial egípcia MENA, Salehi afirmou que não há obstáculos para restabelecer as relações entre Teerã e o Cairo, cortadas em 1979 após o país árabe ter concedido asilo ao derrocado Shah da Pérsia, Mohamed Reza Pahlavi.
O titular assegurou também que uma frutífera cooperação com os egípcios se converterá em benefício do mundo islâmico.
A República Islâmica propôs em março impulsionar programas culturais com os demais muçulmanos para frustrar o que definiu como "complôs inimigos para isolar o Irã", segundo o ministro de Cultura e Orientação Islâmica, Seyed Mohammad Hosseini.
Prensa Latina

Nenhum comentário:

Postar um comentário