sábado, 25 de agosto de 2012

Atualizado – Nova etapa na luta anticarro 25/08/2012


Autor: Konner
Plano Brasil
Se o combate do futuro será URBANO, o controle de grandes áreas urbanas será crítico para a consecução dos objetivos táticos, operacionais e estratégicos nos futuros conflitos.
Combatentes operando em áreas urbanas podem utilizar uma grande variedade de métodos assimétricos para reduzir o ritmo das operações militares, criar um grande número de baixas através de uma variedade de meios simples. Ao invés de procurar chegar à vitória, bastará apenas evitar a derrota.
Posso até estar enganado, mas este cenário será para os RPGs .
Contudo, o emprego desta arma, os (RPG) contra exércitos modernos, cito como exemplos a guerra do Yon Kipuur entre árabes e judeus, onde os Israelenses sofreram pesadas perdas em homens e materiais, e a guerra da Chechenia.
Na Chechenia, na tentativa de ocupar a capital Grozny, foram perdidos só no combate urbano, 105 veículos blindados soviéticos de um total de 120 empregados na operação.
Deste total de 105, boa parte foi atacado por RPG, o que logo levou ao desenvolvimento de blindados especiais que pudessem fazer frente a esta ameaça.
Isso só para mencionar alguns exemplos que me ocorreram de momento.
Inspirado no Panzerfaust alemão e no Panzershreck, que era uma cópia da Bazooka norte-americana, os sistemas do tipo RPG tornaram-se muito comuns em variados cenários de guerra. Fácil de fabricar o RPG-7 tornou-se quase tão comum quanto a arma de assalto AK-47.
Panzerfaust
Panzershreck
Bazooka
O RPG-7 pode ser considerado como um dos mais bem sucedidos lançadores de granadas antitanques do mundo, foi  fabricado em diversos países e usado em larga escala nos principais conflitos ocorridos nos últimos sessenta anos.
Onze versões foram desenvolvidas até o momento, (RPG-2, 7, 16, 18, 22, 26, 27, 28, 29, 30 e 32)
Embora seja uma arma muito divulgada, são armas complicadas de operar de forma eficaz se não forem utilizadas por pessoal com experiência. O principal problema é a dificuldade em acertar um alvo a uma distancia superior a 200 metros, mas mesmo a distancias menores os utilizadores podem não conseguir atingir o alvo com sucesso se não tiverem algum treino.
O sistema pode utilizar uma variedade de ogivas desde a tradicional, até às mais recentes que utilizam duas cargas e que se destinam a ultrapassar as blindagens do tipo reativo que se tornaram comuns na maioria dos veículos blindados.
Contudo, quero destacar o RPG-30  – “Matador de Abrams”
RPG-30 seccionado (centro), ladeado por um RPG-28 (acima) e um RPG-27(abaixo). Foi desenvolvido para enfrentar novas blindagens reativas ERA e sistemas ativos de proteção, acionados prematuramente por seu foguete secundário (junto do tubo principal, mas com menor calibre). Foi apelidado pelos russos de “matador de Abrams”.
Desenvolvido pela empresa estatal BAZALT, consiste de um lançador portátil de calibre 105mm, com cabeça em tandem, capaz, segundo o fabricante, de perfurar 650mm de aço, 1,5m de concreto armado, 2 m de parede de alvenaria e 3,7m de terra, com alcance eficaz de 200m. O curioso é que ele possui dois projéteis, que são lançados separadamente, com intervalo entre 0,2 a 0,4 segundos dos dois compartimentos, em paralelo, montados sobre o lançador principal de munição HEAT.
Preparado para enfrentar blindados equipados com blindagem reativa (ERA),  pode também ser utilizado contra a proteção ARENA e TROPHY, provocando o funcionamento de seu dispositivo protetor e abrindo caminho para a munição principal que não encontrará resistência e penetrará a blindagem ou o alvo que se quer destruir.
O RPG-30, à esquerda, em corte. Notar os dois tubos acoplados e detalhe das duas munições
que emprega, à direita. (Foto: Bazalt)
 
 
1 — O projétil pequeno indo de encontra com a blindagem reativa.
2 — O projétil principal seguindo a mesma trajetória do anterior, devidamente ilustrados
pelos desenhos nos círculos 1 e 2.
O emprego de veiculos blindados MBTs ou não, em um “TO” urbano, deverá ser objeto de profundo estudo, posto que, este tipo de armamento tende a se tornar a cada dia mais comum.
A tecnologia envolvida na produção não é tão complexa e o custo de produção para grandes quantidades é relativamente acessível.


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