sábado, 2 de fevereiro de 2013

O reajuste da gasolina e os bocós 02/02/2013

O reajuste da gasolina e os bocós

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O governo federal anunciou o reajuste do preço da gasolina em 6,6% nas refinarias e 4,4% nas bombas dos postos. Logo começou uma guerra de informação e contra informação nas redes sociais motivada pela boataria da “grande imprensa” para tentar desqualificar a redução da tarifa de energia elétrica.
Sob o argumento direto ou indireto de que a redução foi para compensar o aumento do preço do combustível, a “grande mídia” mais uma vez conseguiu inflar setores da classe média, sempre ela, contra o governo por aumentar o preço da gasolina e tornar 4% mais caro andar de carro.
Obviamente que o reajuste do preço do combustível não é sentido apenas por quem possui automóvel. Como produtos precisam ser transportados e máquinas em fábricas precisam de gasolina e derivados para funcionar nas fábricas, a variação do preço deve ser repassada em vários produtos.
Mas nem de longe todo o alarde provocado merece ser levado a sério.
Primeiro que a gasolina mesmo fazendo parte da cadeia produtiva e na logística de transporte de mercadorias e de massa, ela não é a maior parte dos custos. Portanto os 4,4% de reajuste quando inclusos junto aos outros itens não altera quase nada.
Segundo que este é o primeiro reajuste para cima nas refinarias em quatro anos e em 2009 o reajuste foi negativo, ou seja, o preço da gasolina baixou.
Entre as ladainhas dos alarmistas de ocasião está que o Brasil não é autossuficiente em petróleo devido ao fato de importarmos petróleo. Também questionam o preço da gasolina por aqui ser maior do que em países que nem produzem o óleo.
Importamos petróleo por causa do tipo de óleo que produzimos. Existem dois tipos: leve e pesado. Nossa produção é em sua maioria pesado o que não é o melhor para fazer gasolina e sim asfalto e combustível de máquinas. Mas dá para fazer gasolina desse tipo, só que sai mais caro. Importamos o tipo leve, que são apenas 6% de nossa produção. Essa relação de importação e exportação está mais para uma troca com mercados externos. Sim, nós também exportamos petróleo.
Nossa produção supre perfeitamente nossa demanda. Além do mais também temos o Etanol. Combustível feito de cana-de-açúcar e milho. No Brasil a predominância é da cana. Nossa gasolina contém um percentual de etanol variando em torno de 30%. Não temos dependência total da gasolina.
Se considerarmos que o aumento do preço da gasolina vai ser usado em sua totalidade nos preços de outros produtos e serviços – o que seria uma excrescência – a variação dos preços seria mínima. Estamos falando de 4,4% e não 40%!
O salário mínimo no Brasil foi reajustado em 239% nos últimos dez anos para uma inflação, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em torno de 99%. O ganho real no período foi de 140%.
Mas de todos os argumentos, há um que não permite que nenhuma tese alarmista se sobressaia. Não tem rebolo argumentativo que derrube.
O reajuste de 4,4% é abaixo da inflação, bocó! ( Do BLOG DO CADU )
LEIA TAMBÉM: Colunista econômico do jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, Celso Ming reclama em artigo (VER AQUI ) que Governo demorou pra aumentar o preço da gasolina (!!) e que aumento foi baixo ( !!! ). Trecho bastante informativo, e em tom de reprovação, do artigo em questão: ” ( … ) O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu ontem que, desde 2006, os combustíveis foram reajustados em apenas 6% – “o que é menos do que a inflação”, disse ( … )”. Leiam quantas vezes for necessário, para não ficar depois reclamando à toa por aí no Twitter ou no Facebook.

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