Para não deixar passar em branco eleição de
candidato único à cadeira 36 da Academia Brasileira de Letras, grupo no
Rio leva jornalista Amaury Ribeiro Jr. à porta da ABL para registrar sua
anti-candidatura; nenhum imortal o apoia, mas passeata teve apoio de
bloco carnavalesco e encerramento com chopp no famoso Amarelinho, na
Cinelândia; "É uma grande honra", diz o anti-candidato
247 _ Só para contrariar, um grupo de galhofeiros do Rio de
Janeiro está lançando a candidatura do jornalista Amaury Ribeiro Jr.,
autor do livro A Privataria Tucana, à cadeira 36 da Academia Brasileira
de Letras. É exatamente a essa cadeira que, sem adversários formais,
está inscrito como candidato único o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso. Ao contrário do líder tucano, lançado pelo ex-presidente José
Sarney sob a condição, imposta por FHC, de ser candidato único, Amaury
não tem, ainda, nenhum imortal ao seu lado. Há, sim, um bloco
carnavalesco e um grupo estimado em cem pessoas dispostas a
acompanhá-lo, após o registro informal na ABL, a várias rodadas de chopp
no bar Amarelinho, na Cinelândia, centro do Rio.
Quando questionado sobre qual a sensação de concorrer à vaga com o
ex-presidente FHC, Amaury se mostrou entusiasmado: "É uma honra muito
grande. Na verdade, quem está concorrendo é A privataria tucana porque o
livro é que é imortal. É a marca que vai ficar para sempre do governo
deles. Muita gente sofreu, se matou por causa da privatização. Eu fico
muito admirado porque hoje não tem um promotor, juiz, delegado que não
tenha um livro."
Ele conta que está preparando o livro A Privataria Tucana 2 e que
compôs uma salsa cubana em homenagem ao jornalista Merval Pereira, autor
do livro Mensalão. O jornalista e anti-candidato não quis adiantar os
assuntos presentes no livro, mas deixou escapar que o primeiro capítulo
aborda a lista de Furnas "uma verdadeira bomba atômica".
Nenhum comentário:
Postar um comentário