terça-feira, 23 de abril de 2013

Aceitar ou não a derrota eleitoral : disputa por sanções econômicas entre Venezuela e EUA 23/04/2013

Venezuela ameaça EUA com medidas de fornecimento energético se for sancionada



Elías Jaua na ONU, em Nova York, 13 de março, 2013



O chanceler venezuelano, Elías Jaua, disse nesta segunda-feira que seu país está disposto a tomar medidas contra os Estados Unidos se for sancionado por rejeitar as recomendações de Washington sobre a recontagem de votos das eleições presidenciais.
Queremos "rejeitar de maneira categórica as inaceitáveis declarações da senhora Roberta Jacobson (secretária norte-americana de Estado adjunta para a América Latina)", disse Jaua ao canal Telesur do Equador, onde participa de uma reunião da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA).
"Se os Estados Unidos apelarem ao expediente de sanções econômicas ou de qualquer outra índole, nós tomaremos as medidas de ordem comercial, energética, econômica e político que consideremos necessárias para responder de forma contundente", acrescentou.
Em 2012, a Venezuela – principal produtora de petróleo sul-americana – exportou cerca de 900.000 barris diários aos Estados Unidos, país com quem mantém uma tensa relação, mas que continua sendo o principal comprador do petróleo venezuelano.
Jacobson estimulou domingo, em declarações à rede CNN em espanhol, a recontar os votos das eleições presidenciais na Venezuela para que haja "confiança" e para "resolver a divisão" no país.
Consultada sobre a aplicação de eventuais sanções à Venezuela caso houvesse uma recontagem dos votos, Jacobson afirmou: "Não podemos dizer se vamos implantar sanções ou não".
Jaua, que considerou as declarações de Jacobson como "intervencionistas" e "grosseiras", acusou os Estados Unidos de estar "por trás dos fatos violentos de 15 de abril" e de não querer reconhecer a vontade do povo venezuelano.
AFP

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