terça-feira, 28 de maio de 2013

Cientistas russos penetraram no “coração” da Terra 28/05/2013

Cientistas russos penetraram no “coração” da Terra

Físicos russos descobriram que terremotos, erupções de vulcões e outros processos sísmicos dependem do “comportamento” não apenas da camada superior, como se pensava anteriormente, mas também da camada inferior do manto da Terra. Este é um novo olhar sobre a vida do planeta, uma revisão de sua estrutura.

As placas tectônicas, que compõem os continentes e o fundo do Oceano global, estão “flutuando” sobre a camada superior do manto que está mais próxima da crosta terrestre. A Movimentações dessas placas provocam terremotos, erupções de vulcões, tsunamis, etc. Acreditava-se que este movimento envolvia apenas a camada superior do manto, a que está mais perto da crosta, enquanto a camada inferior não tinha quase nenhum efeito sobre os processos sísmicos. Mas agora surgiu uma razão para reconsiderar esse ponto de vista.
Cientistas do Instituto Acadêmico de Cristalografia de Moscou e do Instituto de Pesquisas Nucleares da Academia Russa de Ciências, liderados pelo professor Igor Lyubutin, encontraram as condições nas quais o ferropericlase – um dos principais minerais da camada inferior do manto, composto de átomos de oxigênio, magnésio e ferro, recebe novas qualidades magnéticas, condutividade elétrica e térmica.
Acontece que nas entranhas da terra, a uma determinada profundidade continua interminavelmente um processo de alteração das propriedades de uma matéria bastante difundida lá. Este processo implica mudanças das propriedades magnéticas do mineral, bem como a modificação da sua condutividade térmica e eléctrica e, claro, da densidade. As metamorfose de todas essas características geralmente levam a mudanças sísmicas.
Os novos dados permitem encontrar explicações para uma série de fatos, que até agora não tinham uma explicação científica.
Os resultados obtidos desafiam teorias conhecidas da estrutura da Terra e permitem uma análise mais profunda dos processos que ocorrem no interior do nosso planeta. Por um lado, isso põe muitas novas perguntas para os pesquisadores. Por outro lado, leva a rever os dados disponíveis sobre o manto da Terra e sobre a estrutura do nosso planeta em geral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário