Cerca de 300 mulheres israelenses e palestinas fizeram uma manifestação neste sábado (17)no posto de controle militar de Kalandia, na Cisjordânia, para expressar seu apoio à aprovação da Palestina como Estado-membro da ONU.
O protesto, convocado pelo "Movimento de Solidariedade de Sheikh Jarrah" e grupos de mulheres ativistas, acontece um dia depois do discurso do presidente palestino, Mahmoud Abbas, no qual informou que na próxima semana apresentará ao Conselho de Segurança das Nações Unidas a solicitação para que a Palestina ingresse na organização como membro de pleno direito.
"Com este protesto, queremos que se ouça claramente a voz das mulheres em apoio à independência palestina em ambos os lados. É um apelo à comunidade internacional para que reconheça a Palestina como um membro pleno da ONU", declarou Sara Venninga, israelense de 28 anos que participou do protesto em Kalandia.
Mulheres israelenses e palestinas protestaram lado a lado a favor do aceite da ONU para Estado palestino
Segundo ela, "até agora as negociações não serviram mais do que para encobrir a expansão dos assentamentos e para continuar com a usurpação de terras [dos palestinos]".
Um comunicado divulgado pelos organizadores da manifestação ressaltou que "o pedido à ONU será feito depois de mais de duas décadas de negociações que fracassaram em promover a causa da independência palestina e levaram a consequências desastrosas para os dois povos".
O "Movimento de Solidariedade com Sheikh Jarrah" considera que "a insistência israelense e americana para que se reiniciem as negociações reflete o desejo de manter o status quo e impedir que ocorram avanços significativos".
"Apesar da veemente oposição do governo israelense e da ameaça dos Estados Unidos de vetar uma resolução do Conselho de Segurança, a grande maioria de países tem intenção de apoiar a independência palestina", acrescenta a nota, que afirma ainda que "inúmeros israelenses apoiam a iniciativa".
Fonte: Folha
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