Em sua coluna desta 5ª feira, Quando o vício é privado,  o veterano jornalista Clóvis Rossi levanta a possibilidade de estar  sendo inútel, mesmo do ponto de vista capitalista, o receituário  neoliberal imposto a governos europeus, no sentido de que reduzam gastos  sociais e infelicitem seus cidadãos. 
A tese de CR (ver íntegra aqui),  com a qual concordo, é de que a atual crise tem como principal vilão os  bancos. Priorizar sua salvação só agrava os males, pois equivale a  oferecer novas doses a viciados em drogas:
"...a cura, pela austeridade, do vício dos governos de gastar demais nem de longe resolve o problema.
A banca (...) continua intoxicada e 'mata' um governo depois do outro, no desespero de mais uma cafungada nos juros obscenos cobrados para rolar a dívida de países europeus".
Mas,  vou além de CR: em termos estruturais, os problemas não podem ser  resolvidos sob o capitalismo. Deixar de acarretar penúria aos homens  para socorrer bancos seria apenas um primeiro passo na direção correta. 
No final da estrada encontra-se o  fim do próprio capitalismo -- ou, talvez, o da espécie humana, se não  livrar-se logo do sistema que a direciona para o abismo.


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