quarta-feira, 30 de novembro de 2011

S&P corta nota de bancos dos EUA e eleva 2 da China 30/11/2011

 Classificação de risco dos bancos brasileiros foram mantidos; no total foram revisadas as notas de 37 bancos


HONG KONG - A agência de classificação de risco Standard & Poor's afirmou que o rebaixamento de seis das maiores instituições financeiras dos EUA e a elevação de dois bancos da China reflete uma mudança fundamental no cenário bancário global em favor da Ásia.
Ontem a S&P revisou os ratings de 37 bancos globais, inclusive brasileiros. Os ratings de Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil foram mantidos em BBB, enquanto o da unidade brasileira do Santander passou de BBB- para BBB, com perspectiva estável.
Segundo a S&P, a grande disposição dos governos asiáticos de estimular seus sistemas financeiros, somada às altas taxas de poupança, guiaram a decisão da agência. A S&P elevou os ratings do Bank of China e do China Construction Bank, ao mesmo tempo que cortou as classificações dos gigantes norte-americanos JPMorgan Chase & Co., Bank of America, Citigroup, Wells Fargo, Goldman Sachs, Morgan Stanley, entre outros grandes bancos dos EUA.
"O dinheiro está fluindo para os mercados emergentes, portanto a saúde de seus sistemas financeiros está continuamente melhorando, enquanto no Ocidente os bancos estão se debatendo com muitas questões", comentou Ritesh Maheshwari, o principal gerente de análise de ratings do setor financeiro da região Ásia-Pacífico da S&P.
Os bancos europeus foram menos afetados do que os norte-americanos pela revisão da S&P, já que a maior parte das grandes instituições financeiras da Europa teve seus ratings mantidos - como BNP Paribas, Credit Agricole e Deutsche Bank. Essa decisão foi tomada mesmo sabendo-se que muitos bancos europeus são bastante expostos à crise soberana da região e são dependentes de financiamento de curto prazo.
A revisão da S&P atingiu 37 instituições financeiras globais. Além dos dois bancos chineses que tiveram seus ratings elevados, 15 bancos foram rebaixados e 20 foram mantidos. Veja nota distribuída ontem no AE News às 21h18 (de Brasília).
As informações são da Dow Jones.

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