sexta-feira, 18 de novembro de 2011

País cria em outubro 126 mil empregos com carteira assinada 18/11/2011

Número ficou abaixo dos dois anos anteriores, mas supera o da crise de 2008. Em 12 meses, mercado formal abriu quase 2 milhões de vagas

São Paulo – Em ritmo menos intenso, como mostram outros indicadores, o mercado formal de trabalho criou 126.143 empregos em outubro (leve alta de 0,33%), abaixo de igual período nos dois anos anteriores (um deles recorde), mas duas vezes maior que em outro momento de crise internacional, em outubro de 2008 (61.401). Com isso, o saldo este ano atingiu 2,2 milhões (2.241.574), crescimento de 6,24% em relação ao estoque de empregos de dezembro do ano passado. Foi o terceiro melhor resultado para o período desde 2003, ficando abaixo de 2010 (2.472.001) e 2008 (2.337.161). Os dados, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram divulgados nesta sexta-feira (18) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O número de contratados pela CLT atingiu 38.184.484.
Nos últimos 12 meses, de setembro de 2010 a outubro deste ano, o total de empregos com carteira assinada atingiu 1.977.667, aumento de 5,46%. O saldo de outubro é resultado de 1.664.566 admissões e 1.538.423 demissões. No ano, são 18.581.585 contratações formais e 16.340.011 demissões.
O destaque do mês passado foi o setor de serviços, que abriu 77.201 postos de trabalho, no segundo melhor desemprego para o mês na série histórica do Caged. O único setor com resultado negativo foi o da Agricultura, que, por motivos sazonais, eliminou 29.913 vagas. A indústria de transformação ficou praticamente estável (saldo de 5.206), enquanto a construção civil abriu 10.298 postos de trabalho. O melhor resultado proporcional (alta de 0,74%) foi do comércio, com 60.878 empregos a mais.
No ano, a indústria tem saldo de 407.520 vagas (expansão de 5,09%), enquanto o comércio abriu 332.975 empregos (4,13%) e a construção civil, 309.425 (12,19%). O maior saldo é do setor de serviços: 932.785 (6,48%). A agricultura acumula saldo de 194.936 postos de trabalho formais, no melhor resultado proporcional (aumento de 13,09%).
É possível estimar que o resultado do ano fique pouco acima de 2 milhões. Isso porque, tradicionalmente, há criação regular de vagas em novembro e forte queda em dezembro, também por fatores sazonais. Caso isso se confirme, embora abaixo do que esperava o ministro Carlos Lupi, seria o segundo melhor ano da série histórica do Caged (iniciada em 1992), atrás apenas de 2010 (2.555.421).

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