quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"Petrobras fará 4º terminal de gás natural se mercado crescer" 23.11.11



Se a demanda por gás natural no Brasil crescer dos atuais 96 milhões de metros cúbicos para 200 milhões em 2020, a Petrobras deverá construir um quarto terminal de Gás Natural Liquefeito no país, informou o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli.Em estudo apresentado pelo executivo a representantes da indústria do petróleo, em seminário promovido pelo Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças), Gabrielli afirmou que a oferta de gás natural em 2020 vai girar em torno dos 173 milhões de metros cúbicos (somando a produção nos campos brasileiros ao gás boliviano e ao GNL), o que poderia gerar um déficit de 27 milhões de metros cúbicos no mercado."Não estamos projetando um desequilíbrio estrutural do mercado de gás, mas afirmando que temos que ajustar a oferta à demanda, e temos tempo para isso", disse.Ele explicou que no momento não é possível estimar o volume de oferta que a Petrobras terá a partir de 2016, principalmente por não saber a quantidade de gás natural que será necessária para injetar na produção do pré-sal."Pode ser que sobre gás injetado, tenhamos novas fronteiras, e a demanda pode não ser tão grande (como projetado)", avaliou o executivo.Gabrielli afastou qualquer problema de caixa da empresa para fazer frente aos investimentos de US$ 224 bilhões até 2015, apesar da crise financeira que atingiu o Japão, Europa e Estados Unidos. Para cumprir o plano, a estatal precisa captar entre US$ 7 bilhões e US$ 12 bilhões por ano até 2015."Acreditamos que o problema no mercado financeiro não é falta de liquidez. Em janeiro de 2009 levantamos US$ 6 bilhões de empréstimo-ponte, em janeiro de 2011 mais US$ 3 bilhões. Hoje nosso caixa é de US$ 26 bilhões e programamos desinvestimentos de US$ 13 bilhões", disse.Segundo Gabrielli a empresa já recebeu várias propostas para a compra de ativos da companhia, e está decidindo se fará um pacote com todos os ativos ou venderá individualmente.Cerca de metade dos US$ 13 bilhões previstos para serem conseguidos com os desinvestimentos da empresa porém referem-se à venda de recebíveis da companhia. Outra parte virá da venda de participações que a Petrobras detém em mais de 200 empresas, informou Gabrielli.

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