A economia brasileira vive um momento muito próximo do chamado pleno emprego, segundo o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo.
De acordo com o diretor, esse é um dos fatores que contribuem para evitar um aumento no comprometimento da renda das famílias com o pagamento de dívidas.
Em seu discurso na Assembleia da ONU (Organização das Nações Unidas) em setembro, a presidente Dilma Rousseff já havia afirmado que o país vive "praticamente um ambiente de pleno emprego", ao contrário do que acontece nos EUA e em vários países da Europa.
Desde de 2006, segundo dados do BC, as famílias brasileiras destinam, em média, 20% da renda para pagar seus empréstimos.
Essa conta considera o pagamento mensal das prestações --e não o total das dívidas-- dividido pela renda das famílias.
O diretor do BC participou de audiência pública no Senado sobre endividamento das famílias.
No mesmo evento, o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Carlos Thadeu de Freitas, afirmou que não há perspectivas de bolhas de crédito no Brasil, apesar de as famílias brasileiras estarem mais endividadas.
Para Freitas, bolhas de crédito são comuns quando as taxas de juros são baixas e os bancos estão muito alavancados (têm pouco capital para garantir seus empréstimos).
"Aqui, os bancos não precisam ficar alavancados. Eles podem emprestar pouco e já ganham uma fortuna", afirmou.
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