Enviado por luisnassif
Autor:
Natália Bezutti
Por Francisco Nixon Frota
Do Jornal da Energia
A Eletrobras colocou em estudo mais um
projeto integração energética. Chamado de "arco virtual norte", ele
prevê a construção de hidrelétricas e linhas de transmissão conectando
Guiana, Suriname e Guiana Francesa. O resultado da ligação traria a
possibilidade de escoar a produção de energia desses países para o
Brasil, Caribe e/ou Venezuela.
O potencial das usinas, a extensão das
linhas e o aporte necessário para a viabilização do empreendimento ainda
não foram definidos. No entanto, segundo o superintendente de operações
da estatal, Sinval Gama, um acordo já foi assinado entre Eletrobras,
Guiana e Suriname. O acerto com a Guiana Francesa está sendo analisado
pelo governo francês.
Uma outra integração, chamada de "arco
virtual sul", também está sendo pensada, segundo Zaidan, mas é pelo
“setor elétrico”, e ainda não pela área política. O projeto seria
responsável pela conexão Peru-Chile, Chile-Argentina, e
Argentina-Brasil, com o objetivo de substituir a fonte térmica nos
países, exportar energia e assegurar a confiabilidade energética.
Na integração Peru-Chile, uma
hidrelétrica seria construída no sul do Peru, exportando energia para o
norte do Chile através de uma linha de transmissão. Na conexão do Chile
com a Argentina, uma usina seria implantada no sul do Chile para enviar o
insumo por uma linha de 200 quilômetros. Além de suprir a Argentina, a
estrutura seria uma solução dentro do próprio país, que enfrenta
dificuldade em construir um sistema que passe pela Cordilheira dos
Andes.
No caso do Brasil, as usinas para fornecimento seriam as binaconais
Garabi-Panambi (2.200MW), na fronteira com a Argentina. As três
conexões, segundo o superintendente da Eletrobras, promoveriam um hedge
natural para o sistema. O executivo ressalta que ainda não há nada
concreto, mas aponta “que se está construindo a ideia para saber o que o
setor quer - e se os países envolvidos também querem”.
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