Os
 títulos dos governos de países emergentes estão se tornando mais 
atrativos nos últimos meses e se aproximando de uma semelhança ao 
Tesouro norte-americano - ainda que com juros mais elevados -, dando 
cada vez mais sinais de são locais seguros para investimentos.Em um 
cenário de crise na zona do euro e de baixo crescimento em vários países
 do mundo, dívidas soberanas denominadas em dólar emitidas por países 
emergentes como México e Brasil são beneficiadas também por níveis de 
endividamento mais baixos, políticas estáveis e perspectivas de 
crescimento melhores dos que as apresentadas por países da Europa e 
pelos Estados Unidos. Os bônus em dólar desses dois países têm 
acompanhado o
 movimento dos Treasuries. Assim como os bônus americanos, os títulos 
desses países vêm subindo ao mesmo tempo em que os bônus dos governos da
 Espanha e de outras economias europeias em dificuldades estão em queda -
 com o respectivo movimento inverso dos yields (taxa de retorno ao 
investidor) correspondentes.A correlação entre os títulos de 10 anos dos
 EUA e do México é de 0,89, em um período de 30 dias, de acordo com a 
consultoria CQG. Uma relação como essa significa que esses bônus não têm
 variado entre si. O prêmio de risco da dívida soberana da Colômbia 
encolheu de 191 pontos-base sobre os Treasuries no início deste ano para
 163 pontos-base atualmente, de acordo com o EMBI Global do JP Morgan. Embora a forte performance sinalize que os mercados
 não entraram totalmente em pânico, também revela que os bônus 
denominados em dólar de países com grau de investimento, como Brasil e 
México, estão despontando como um refúgio dentro da classe de ativos de 
mercados emergentes.Brasil, México e Colômbia - todos com grau de 
investimento - são os principais países citados por analistas e 
investidores como mercados emergentes seguros. Ainda que esteja 
ligeiramente abaixo da classificação de grau de investimento, as 
Filipinas são outra aposta segura, já que investidores locais investem 
em títulos do governo denominados em dólar. "Os prêmios de risco sugerem
 que países como Brasil, Colômbia, Filipinas e até a Indonésia são mais 
seguros do que aqueles como a Espanha", confirma David Spegel, 
especialista em estratégia de mercado emergente do ING, em Nova York.Em 
2012, fundos de mercados emergentes que investem
 em títulos denominados em dólar atraíram US$ 18 bilhões em recursos 
novos, quase três vezes mais do que os fluxos para fundos que investem 
em bônus denominados em moeda local, de acordo com EPFR Global, que 
monitora fluxos para mercados emergentes. O prêmio de risco da dívida 
soberana de mercados emergentes denominada em dólar também encolheu de 
426 pontos-base no final de 2011 para 370 pontos-base sobre os 
Treasuries, segundo o EMBIG do JP Morgan.
 As informações são da Dow 
Jones.
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