Segunda, 23 de julho de 2012

Ele estudou Filosofia, História e Pedagogia. É cofundador e redator da revista teórica EXIT! — Kritik und Krise der Warengesellschaft (EXIT! — Crítica e Crise da Sociedade da Mercadoria).
Entre seus livros publicados em português, além d'O colapso da modernização (São Paulo: Paz e Terra, 1991), citamos O retorno de Potemkin (São Paulo: Paz e Terra, 1994) e Os últimos combates (Petrópolis: Vozes, 1998).
Robert Kurz contribuiu, sempre com muita solicitude, com a revista IHU On-Line. Sempre que solicitado, nos atendia prontamente, expondo, erudita e detidamente, a sua crítica radical do moderno sistema produtor de mercadorias.
Na última vez que o contatamos foi no primeiro semestre deste ano. Quem nos respondeu foi a sua esposa dizendo que ele estava doente mas, uma vez recuperado, responderia à entrevista. Não imaginávamos que estivesse tão gravemente enfermo. Fomos surpreendidos, na última quinta-feira, pela notícia da sua morte que nos foi comunicada por amigos brasileiros comuns.
Segundo o blog, “autor também de inúmeros artigos e ensaios, Kurz dirigia toda sua crítica ao capitalismo sempre com um escrita elegante e coerente onde, a partir de exemplos ricos e diálogo com outros filósofos, concatenava com bastante organicidade – apesar de algum hermetismo – seu raciocínio perspicaz, contundente e radical (raiz)”.
Kurz nasceu em Nuremberg, no dia 24 de dezembro de 1943. Na Alemanha, participou do movimento Wertkritik (crítica do valor) impulsionado pelo grupo Krisis que publicou, em 1999, o importante “Manifesto contra o trabalho”.
Em 2003, o filósofo Anselm Jappe, em seu livro As aventuras da mercadoria - para uma nova crítica do valor (Lisboa: Antígona, 2006), apresentou os desenvolvimentos teóricos do trabalho de Kurz e do grupo Krisis.
Em abril de 2004, o grupo Krisis sofre uma cisão, e Robert Kurz, Roswitha Scholz e Claus Peter Ortlieb criam um novo grupo, em torno da revista EXIT! - Kritik und Krise der Warengesellschaft ('EXIT! - Crítica e Crise da Sociedade da Mercadoria').
Segundo a revista alemã, no dia 30 de julho, está previsto que seu novo livro “Geld ohne Wert. Grundrisse zu einer Transformation der Kritik der politischen Ökonomie” (Dinheiro sem valor. Fundamentos para uma transformação da crítica da economia política, em tradução livre). Segundo a editora, trata-se de uma “crítica categorial do capitalismo” da qual se afastou “o conjunto da esquerda democrática domesticada”.
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