quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Confirmada a suspensão da licitação internacional, FX-2, para a compra dos caças da Força Aérea do Brasileira (FAB) 16/08/2012


GÉRSIO MUTTI
Sugestão e Tradução com Adaptação de Texto: Gérsio Mutti
“Dentre as alternativas viáveis, seria o que no jargão interno se chama de “caça tampão”, que significa receber na ordem de uma dúzia de aviões de combates usados, mas operantes, estando entre os possíveis caças candidatos os Mirages 2000-9 modernizados dos Emirados Árabes Unidos, alguns Gripens suecos da primeira geração ou F-18 americanos armazenadas no deserto, e até mesmo os Kfir C-10 israelenses, ou incorporar um treinador de caça avançado, LIFT, o que dependeria de compensações industriais e de linhas de créditos de custos baixos.”
Javier Bonilla, Defensa.com
Próximo de completar 14 anos da primeira licitação internacional, o governo brasileiro decidiu adiar o seu programa FX-2 de adquirir aviões de combate por motivos financeiros. Ainda sobre o tema em questão, o retorno ao programa de aquisição de novos aviões, se dará  numa nova licitação internacional, FX-3, com um novo formato diferente do anterior e com uma lista maior de empresas construtoras de aviões, que possam vir a estar interessadas, do que o atual FX-2, reduzido a Dassault Rafale (favorito a nível político), o Super Hornet da Boeing e o Gripen NG da Saab.
A situação entre o governo, que avalia a possibilidade de aquisição de um Boeing 747-8 para a presidência, e a FAB (Força Aérea Brasileira) é mais do que tensa, tendo acarretado  o sobrevoo em baixa altitude e próximo na velocidade do som de um Mirage 2000, que terminou por quebrar as janelas de vários edifícios na Esplanada dos Ministérios em Brasília, em que muitos interpretaram como um protesto da parte dos militares acerca de todo este processo.
Há aqueles que se referem à obtenção de condições mais favoráveis e nas trocas potenciais com a Boeing e a Saab frente à Dassault, já que esta empresa, por sua vez, tem no governo brasileiro o favoritismo, bastando para isto, lembrar que em 2010, durante uma reunião entre o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, a tendência brasileira tornada pública foi para o Rafale, mas, por sua vez, os  analistas consideraram os outros dois concorrentes mais econômicos.
A Força Aérea, tem sido procurada a cada seis meses pelas empresas fabricantes de aviões,  a fim de em nome do governo brasileiro, renovar o interesse no programa FX-2, ampliando as suas propostas e mantendo os preços inalterados, de acordo com as possibilidades.
“Caça Tampão”
Dentre as alternativas viáveis,  seria o que no jargão interno se chama de “caça tampão”, que significa receber na ordem de uma dúzia de aviões de combates usados, mas operantes, estando entre os possíveis caças candidatos os Mirages 2000-9 modernizados dos Emirados Árabes Unidos (1), alguns Gripens suecos da primeira geração ou F-18 americanos armazenadas no deserto (2 ), e até mesmo os Kfir C-10 israelenses (3), ou incorporar um treinador de caça avançado, LIFT, o que dependeria de compensações  industriais e de linhas de créditos de custos baixos.
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“O Ministro Defesa Celso Amorim anunciou, em entrevista concedida à imprensa norte-americana, que Brasília vai suspender temporariamente a substituição de seus aviões de combate por razões financeiras.”
O ministro brasileiro da Defesa anunciou, em entrevista concedida à imprensa norte-americana, que Brasília vai suspender temporariamente a substituição de seus aviões de combate por razões financeiras. A notícia é um balde de água fria para o construtor francês Dassault, que espera há anos uma decisão do Brasil sobre a possível compra de seus caças Rafale.
Em entrevista publicada nessa sexta-feira no Wall Street Journal, o ministro brasileiro da Defesa anunciou a suspensão da substituição dos aviões de combate do país. “O projeto não foi abandonado. Haverá uma decisão na hora certa, mas por enquanto eu prefiro não dar uma data” exata, disse Celso Amorim ao diário econômico.
Segundo o ministro, a decisão é uma conseqüência do contexto financeiro atual. “A situação econômica tomou um rumo menos favorável que previsto e exige prudência”, explicou Amorim ao jornal norte-americano.
A notícia não deve agradar o construtor francês Dassault Aviation, que tenta há anos vender 36 caças Rafale para o Brasil, em um contrato estimado em cinco bilhões de dólares (cerca de 10 bilhões de reais). O avião de guerra da empresa francesa concorre com os modelos Saab, da sueca Gripen, e o F/A-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, mas Paris foi várias vezes apontada como favorita. Em 2010, durante um encontro entre os então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, o brasileiro se mostrou mais inclinado pelos caças da Dassault, mesmo se os analistas consideram os dois outros concorrentes mais baratos.
“Eu não diria que uma empresa ou outra seja favorita. A questão é saber quando o faremos e, nesse momento, examinaremos novamente as propostas. Há uma necessidade de renovar a frota, mas é preciso responder em função das possibilidades do país”, esclareceu Amorim. A Força Aérea brasileira pede a cada seis meses que os construtores renovem seu interesse pela concorrência, prolongando suas propostas.

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