Terror ressurge em São Paulo; depois de suspeito entrar vivo e sair morto, com quatro tiros, de viatura da PM, no sábado, soldado da corporação ateia fogo em rapaz com tatuagem 'mata polícia'; mais um ônibus foi queimado na madrugada da segunda-feiora 10, o 49º do ano; troca de secretário de Segurança não fez efeito
Entre as duas situações, o retorno do terror à maior cidade do País. Em protesto contra a morte do suspeito levado pela viatura, bandidos colocaram fogo em um ônibus, ainda na noite do sábado – e duas pessoas que estavam no coletivo morreram, sem conseguir sair a tempo. Na madrugada da segunda-feira 10, mais um ônibus foi queimado na capital, desta vez sem deixar vítimas entre os passageiros. Foi o 49º ônibus queimado este ano na capital.
As mortes e queimas mostram que o governador Geraldo Alckmin e o novo secretário Grela ainda têm muito trabalho pela frente até reaver o controle sobre a Polícia Militar. A corporação teve uma centena de homens mortos este ano, e os ataques diretos a suspeitos e bandidos são vistos como uma espécie de volta da lei 'olho por olho, dente por dente'.
Enquanto o atual modelo do tipo perseguição polícia-bandido prosseguir, as chances de a situação atual continuar permanecem muito elevadas, praticamente de 100%. Com cortes de verbas anunciados para a corporação e para o serviço de inteligência da policia civil, Alckmin igualmente não parece contribuir para a solução do quadro. Em todo o País, a melhor experiêncie em termos de Segurança Pública, apontam os números, está no Rio de Janeiro, onde foram implantadas as UPPs – Unidades de Polícia Pacificadora – em áreas conflagradas. Elas custam mais caro, mas são o melhor que se tem. Por que Alckmin tem medo das UPPs?
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