segunda-feira, 1 de abril de 2013

BCs já injetaram US$ 11,6 tri nos mercados nos últimos seis anos 01/04/2013



Os bancos centrais, especialmente dos países desenvolvidos, já injetaram US$ 11,6 trilhões na economia global nos últimos seis anos como estratégia para estimular o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), calcula o Bank of America Merrill Lynch. Nesse período, foram feitos 503 cortes de juros ao redor do mundo, de acordo com levantamento do estrategista-chefe do banco de investimento norte-americano, Michael Hartnett.Para o BoFA, esta política de estímulo é que tem levado os índices de ações, especialmente nos países desenvolvidos, a níveis recordes. O S&P 500 e o Dow Jones fecharam o primeiro trimestre nos níveis mais altos da história.
Em 2010, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, cunhou a expressão "guerra cambial" para se referir a essa estratégia de injetar dinheiro na economia, o que faz os investidores procurarem ativos mais rentáveis em outros países, apreciando suas moedas. A presidente Dilma Rousseff usou a expressão "tsunami monetário" para se referir a esses recursos.A expectativa do economista do BoFA Merrill Lynch, Michael Hanson, é de que a política de irrigar a economia vai continuar nos EUA ao longo de 2013, com a injeção de por volta de US$ 1 trilhão no mercado financeiro. O banco cita discursos recentes de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), como o do presidente do Fed de Nova York, Bill Dudley, que vêm defendendo a continuidade dessa estratégia.Em uma palestra na semana passada, Dudley disse que é arriscado parar prematuramente com essa política, que vem introduzindo US$ 85 bilhões todo mês na economia norte-americana. Para ele, os benefícios foram maiores que o antecipado por Wall Street e os custos, menores que o previsto.

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