Esquerda.Net
Catarina Martins acusa o Presidente da República
de convocar o conselho para debater um tema que passa ao lado das
preocupações dos portugueses. Exige ainda que o governo não permita que
seja pago um prémio de meio milhão de euros a uma gestora do Banif,
banco que só não faliu porque o Estado injetou nele 1.100 milhões de
euros.
Catarina
Martins: “se existisse alguma réstia de responsabilidade nalgum dos
conselheiros de Estado, teria de sair uma forte exigência da demissão do
governo, para que se possa dar um novo rumo ao nosso país”. Foto de
Paulete Matos
Prémio a gestora do Banif é dupla ofensa
Falando aos jornalistas em Mértola, onde visitou o 7º Festival Islâmico, acompanhada do seu idealizador, o arqueólogo Cláudio Torres, Catarina Martins falou também sobre outro tema que demonstra o “desgoverno do país” e que choca todas as pessoas – o do Banif. “Soubemos que o Banif, banco que é detido a 99% pelo Estado, onde foi posto dinheiro dos contribuintes no valor de 1.100 milhões de euros, pagou um prémio de meio milhão de euros a uma gestora”. Recordando que o banco que só não foi à falência porque os contribuintes tiveram de pagar o seu buraco, Catarina Martins considerou uma “dupla ofensa” que no mesmo momento em que se cortam pensões e salários e se cria desemprego “se esteja a pagar um prémio como esse a uma gestora do banco de Luís Amado, o homem que vem de um ministério de um governo do PS para a banca, para depois ir ocupar sabe-se lá que cargo internacional importante a seguir”.
Para a coordenadora do Bloco de Esquerda, “exige-se que o governo se pronuncie rapidamente sobre este prémio, que não deixe que ele seja pago, porque o que não se pode ter é todos os dias cortes nas pensões, todos os dias cortes nos salários, desemprego e este regabofe daqueles que são os mais privilegiados do país”.
Governo tem política de terror
Questionada por um jornalista sobre o corte permanente de 4% nos salários que o governo estaria a preparar para os funcionários públicos, a deputada afirmou que os “cortes dos salários da função pública já estão a acontecer”, acusando o governo de ter uma lógica política de terror, de anunciar todos os dias, todas as semanas, novos cortes aos funcionários públicos e aos pensionistas muito especialmente. “Esta é uma política de terrorismo contra a própria população”, denunciou, insistindo que “é por isso que a única solução para o país é a demissão do governo, o mais urgentemente possível, porque a cada dia que passa é um dia em que destrói mais o país”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário