quarta-feira, 26 de março de 2014

Passados 42 anos, restos mortais de militante da ALN são reconhecidos 26/03/2014

da Agência Brasil
Ivan Richard

Foram 42 anos, dois meses e seis dias de sofrimento, frustrações, decepções e angústia. Esse foi o tempo que a família do militante da Ação Libertadora Nacional (ALN) Alex de Paula Xavier Pereira, morto pela ditadura militar em 20 de janeiro de 1972, teve que esperar para obter o laudo oficial de identificação dos restos mortais dele.

Hoje (26), durante a solenidade de entrega do documento na Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, da Secretaria de Direitos Humanos, em uma cadeira de rodas e com dificuldades na fala, a mãe de Alex, Zilda Xavier Pereira, disse apenas que estava “aliviada”.

“Isso representa para a família a conclusão de um luto, de uma busca, saber que realmente conseguimos resgatar e dar uma sepultura digna para ao nosso irmão. Uma sensação de conforto que muitas famílias ainda não têm”, salientou Iara Xavier Pereira, irmã de Alex. Esse foi apenas mais um capítulo de dor da família. Além de Alex, assassinado aos 22 anos, Arnaldo Cardoso Rocha e Iuri Xavier Pereira, tio e irmão dele também foram vítimas da repressão militar.

Segundo Iara Xavier, a identificação só foi possível pela persistência da família. Foram várias frustrações com resultados negativos de exames e dificuldade para fazer análises que comprovassem que os restos mortais encontrados em uma sepultura clandestina, no Cemitério Dom Bosco (Perus), em São Paulo, eram do estudante secundarista.

http://jornalggn.com.br/noticia/passados-42-anos-restos-mortais-de-militante-da-aln-sao-reconhecidos

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