APROVADO PACOTE DE ARROCHO FISCAL NOS EUA: EM PLENA RECESSÃO, OBAMA SANCIONA O ESTADO MÍNIMO
"Não há nada nesse acordo que se oponha aos nossos princípios. Essa é uma vitória da causa do Estado mínimo” (John Boehner, republicano, presidente da Câmara norte-americana, em mensagem à extrema direita do Tea Party, pouco antes da aprovação folgada do pacote nessa esfera onde os republicanos são maioria. O texto eleva imediatamente em US$ 900 bi o teto da dívida pública dos EUA. Mas faz de Obama um simulacro de presidente democrata, engessado por cortes que podem chegar a US$ 3 trilhões, com efeitos devastadores para a recuperação da economia e a vida dos pobres, sem contrapartida de taxação sobre os ricos.O Estado norte-americano, a exemplo do que ocorre com os Estados da zona do euro, foi capturado pela armadilha do ajuste pós-crise. Instigados a socorrer os mercados financeiros para evitar um colapso ainda maior em 2008, esgotaram o fôlego fiscal na transferência descomunal de fundos públicos a bancos, empresas e instituições da área financeira. No caso dos EUA, por exemplo, essas transferências podem ter chegado a US$ 13 trilhões. Não houve,simultaneamente, o empenho em acionar políticas públicas que acelerassem a retomada da atividade econômica e, portanto,ampliassem a receita fiscal. O acordo aprovado agora esgoela o Estado norte-americano pela segunda vez,submetendo-o um arrocho fiscal em plena recessão. É tão leonino que Nancy Pelosi, líder democrata na Câmara, pouco antes de iniciar a votação ainda hesitava em declarar seu apoio, o que aconeceu no último momento. O economista Paul Krugman declarou que se fosse membro da bancada democrata votaria 'NÃO')
(Carta Maior; 3ª feira, 02/08/ 2011)
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