EUA votam hoje acordo que evita calote
Obs:Os ricos estão salvos, de novo, e o povo é quem irá pagar, de novo.
Acordo preliminar entre republicanos e democratas prevê cortes nos gastos governamentais e a elevação do teto da dívida pública
O Congresso americano votará nesta segunda-feira um acordo preliminar entre republicanos e democratas que prevê cortes nos gastos governamentais e a elevação do teto da dívida pública americana, atualmente em US$ 14,3 trilhões.
Foto: AP Photo/Carolyn Kaster Ampliar
Em rápido pronunciamento, Obama anunciou acordo que evita calote dos EUA
O acordo, anunciado pelo presidente Barak Obama na noite de domingo, promete encerrar meses de disputas entre os dois principais partidos e tirar o país da rota do que poderia ser um calote sem precedentes.
O governo começaria a ter dificuldade de honrar parte de sua dívida, sem elevação desse limite para novos empréstimos, a partir desta terça-feira.
Segundo Obama, o acordo permitirá "evitar o default (suspensão de pagamentos) e encerrar a crise que Washington impôs ao resto dos Estados Unidos".
O pacote deve passar sem dificuldade pelo Senado, mas enfrentará um caminho mais tortuoso na Câmara de Representantes onde integrantes do movimento Tea Party já se disseram insatisfeitos com o que foi negociado na noite de domingo. Há oposição também de outros grupos.
O acordo preliminar eleva o teto da dívida, atualmente em US$ 14,3 trilhões, em cerca de US$ 2 trilhões permitindo, assim, que o governo tome novos empréstimos e continue financiando sua dívida até, pelo menos, 2013.
Uma das principais exigências dos democratas é que o novo prazo para revisão do teto não caia no ano eleitoral de 2012.
A contrapartida exigida pelos republicanos prevê cortes no déficit público que podem chegar a US$ 2,4 trilhões ao longo da próxima década.
Segundo as negociações, esses cortes seriam feitos em duas etapas e poderiam exigir a criação de um comitê no Congresso que seria responsável por propor as áreas de onde sairiam os recursos.
Em um primeiro momento, os cortes para os próximos 10 anos ficariam em torno de US$ 900 bilhões. O volume adicional de cortes ainda precisa ser determinado.
O acordo afasta o risco de suspensão imediata de pagamentos da dívida, mas não descarta que a avaliação dos títulos da dívida pública americana seja revista para baixo do atual patamar de nota máxima. O mercado aguarda que as três principais agências de risco se pronunciem sobre o conteúdo do que foi negociado.
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