quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A Líbia que eu conheci – Final

quinta-feira, 27 de outubro de 2011



Qual foi o grande erro de Kadafi?

Eu não tenho a menor dúvida.

Foi acreditar nos euro-estadunidenses e desistir de sua bomba atômica.

Os pacifistas que me perdoem.

Aqui não se trata de incentivar a produção de ogivas nucleares, mas de persuasão.

O Brasil que tome jeito e comece a produzir a sua.

Caso contrário, a própria mídia brasileira, associada ao Império, fará de tudo para que o país seja invadido e ocupado.

Kadafi não ficou rico, como os produtores de petróleo do Golfo.

Dividiu a riqueza do país com a população.

Apoiou todos os movimentos revolucionários de esquerda do mundo.

Inclusive os brasileiros.

Em nenhum momento esqueceu a população negra da África.

E da África do Sul, onde, em agradecimento, um neto de Nelson Mandela chama-se Kadafi.

Quando Nelson Mandela tornou-se o primeiro presidente da África do Sul em 1994, o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton fez de tudo para que Mandela parasse com os agradecimentos quase diários a Kadafi pelo seu apoio à luta dos revolucionários africanos.

"Os que se irritam com nossa amizade com o presidente Kadafi podem pular na piscina", respondeu Mandela.

O presidente de Uganda Yoweri Museveni afirmou que "quaisquer que sejam as falhas de Kadafi, ele é um verdadeiro nacionalista. Prefiro nacionalistas do que marionetes de interesses estrangeiros".

E disse mais:

" Kadafi  deu contribuições importantes para a Líbia,  para a África e para o Terceiro Mundo. Devemos lembrar ainda que, como parte desta forma independente de pensar, ele expulsou bases militares britânicas e americanas da Líbia após tomar o poder".

Alem disso,  o ex-líder líbio também teve papel importante na formação da União Africana (UA).

A principal coordenadora da guerra contra a Líbia, Hillary Clinton, andou pela África pregando abertamente o assassinato de Muamar Kadafi.

Como não teve sucesso, começou a recrutar mercenários.

Alias foram esses mercenários, inclusive os esquadrões da morte colombianos, que lutaram na Líbia. E eles não foram dizimados graças à Organização Terrorista do Atlântico Norte (OTAN) e EUA.


Quem puder pesquisar, quando Kadafi nacionalizou as empresas petrolíferas e os bancos, a mídia Ocidental referia-se a ele com Che Guevara Árabe.

Antes de ser deposto e linchado pelos mercenários a mando dos terroristas OTAN e EUA, a Líbia possuía o maior índice de desenvolvimento humano da África, e até hoje maior que o do Brasil.

E o que pouca gente sabe, em 2007 inaugurou o maior sistema de irrigação do mundo.


Transformou o deserto (95% da Líbia) em fazendas produtoras de alimentos.

Alias, assim que subiu ao poder os líbios que quiseram produzir alimentos receberam terra,  equipamentos, sementes e 50 mil dólares para sobreviver até a safra.

Foi uma Reforma Agrária total e irrestrita.


Ele também pressionou pela criação dos Estados Unidos da África(EUA) para rivalizar com os eua e união européia.


 Ele lutou por uma África una: “Queremos militares africanos para defender a África. Queremos uma moeda única. Queremos um só passaporte africano".

Lamentavelmente esqueceu a Bomba Atômica. E pagou por isso.

As nações que querem se emancipar que pensem nisso.

http://blogdobourdoukan.blogspot.com/

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