A dívida externa espanhola atingiu no final de
2011 o valor de 1,775 biliões de euros, correspondente a 164,5 por cento
do PIB, percentagem que corresponde à que produziu às cruéis
intervenções de austeridade na Grécia. Os dados foram divulgados pelo
Banco de Espanha no mesmo dia em que o governo de Rajoy anunciou mais
cortes na despesa pública, atingindo a saúde pública e a educação.
Rajoy aplaudido
por Miguel Relvas, Carlos Coelho e o líder da JSD na Universidade de
Verão do PSD do ano passado. Foto PSD/Flickr
Na segunda-feira, o governo de Mariano Rajoy anunciou novos cortes no valor de 10 mil milhões de euros na saúde pública e na educação. Apesar do anúncio do aprofundamento da austeridade, os juros da dívida espanhola continuam a aumentar, provocando o que a comunicação social qualifica como "a desconfiança dos mercados". O mesmo acontece com as dívidas da Itália e da Grécia, revelando estas situações o fracasso contínuo das políticas de austeridade.
Mariano Rajoy anunciou já cortes de despesas em três etapas: a primeira de 16 mil milhões de euros; a segunda de 40 mil milhões; e agora a terceira, de 10 mil milhões, sem dar mais explicações.
Entretanto, a revista Europa Laica anunciou recentemente que o Estado Espanhol, que a Constituição proclama laico, contribui anualmente com cerca de 10 mil milhões de euros para a Igreja Católica, verba equivalente à terceira fatia de cortes incidindo sobre saúde e educação. Os gastos do Estado com a casa real, segundo informações desta instituição, atingem 16 mil milhões de euros anuais, correspondentes ao valor da primeira fatia de cortes.
Artigo publicado no portal do Bloco no Parlamento Europeu.
Fonte:Esquerda.net
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