Uma religiosa vota no referendo sobre o pacto fiscal europeu em Dublim, na quinta-feira (31).
REUTERS/Cathal McNaughton
Uma vitória do "não" na Irlanda não atrapalharia a aplicação do pacto de disciplina orçamentária, mas enviaria um sinal negativo sobre uma zona do euro que entra cada vez mais em crise. O governo insistiu durante a campanha sobre o fato que um voto negativo privaria a Irlanda do recurso a futuras ajudas europeias.
O país obteve um plano de ajuda do FMI e da UE de 85 bilhões de euros no fim de 2010 para evitar a falência do setor bancário. Mas o lado do “não” denuncia um “tratado de austeridade” e esperava capitalizar a insatisfação dos eleitores com o tratamento de rigor que acompanha o plano de ajuda.
O grande número de indecisos (um terço), e, sobretudo a abstenção tinha criado suspense na quinta-feira. Segundo estimativas da televisão irlandesa, somente a metade dos 3,1 milhões de eleitores votaram.
O pacto orçamentário, assinado por 27 membros da UE deve entrar em vigor quando os 12 países da zona do euro o tenham ratificado. Ele prevê o respeito da “regra de ouro” sobre o equilíbrio das contas, sob pena de sanção.
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