Desde 2006, o Conselho de Segurança da aprovou quatro resoluções contra o Irã por seu programa nuclear.
1. Resolução 1.737, de 23 de dezembro de 2006: Exige a suspensão das atividades sensíveis do Irã e determina que todos os Estados-membros devem evitar se abastecer de material ou tecnologia que possa ser utilizada em seu programa nuclear e balístico. Também impõe o congelamento de fundos e bens financeiros de dez entidades e 12 pessoas envolvidas nos programas.
2. Resolução 1.747, de 24 de março de 2007: Amplia o campo das sanções e congela os bens de outras 13 entidades relacionadas ao programa nuclear ou à Guarda Revolucionária, o Exército de elite iraniano. Instaura um embargo sobre as compras iranianas de armas, restrições financeiras e comerciais, assim como sobre as viagens de personalidades iranianas ligadas ao programa nuclear.
3. Resolução 1803, 1 de 3 de março de 2008: Impõe novas medidas, como a proibição de viajar, às autoridades do programa. Também proíbe o fornecimento ao Irã de materiais que possam ser utilizados com fins militares.
4. Resolução 1929, de 9 de junho de 2010: Inclui novas limitações aos investimentos iranianos no exterior e proíbe a venda ao Irã de oito novos tipos de armamento pesado (tanques, aviões de combate e helicópteros). Amplia também a lista de personalidades e entidades iranianas sancionadas.
- Estados Unidos: Muitas sanções foram adotadas na década de 1990. Empresas e civis americanos ficaram proibidos de comercializar com o Irã, a não ser com uma autorização especial do Tesouro. Em 2008, Washington fechou seu sistema financeiro ao Irã, proibindo os bancos americanos de servir como intermediários, inclusive indiretamente, no trânsito de fundos em direção ao Irã.
Em julho de 2010, uma lei se propôs a dificultar o abastecimento de combustível ao Irã e previu medidas de represália contra os grupos estrangeiros dispostos a investir no setor iraniano de hidrocarbonetos. Em novembro de 2011, endurecem as sanções contra os setores bancário e petroleiro, e, em 31 de dezembro, são reforçadas as (sanções) impostas ao âmbito financeiro do Irã.
Desde então, Washington promove uma campanha cujo objetivo é reduzir o volume das exportações de petróleo iranianas. O Japão anunciou que reduziria suas importações, mas Índia e China, grandes consumidores de petróleo, resistem em fazê-lo, assim como a Rússia, que promove o diálogo com Teerã.
- União Europeia: Em 26 de julho de 2010, a UE adota sanções de uma amplitude sem precedentes. Proíbe novos investimentos, assistência técnica ou transferência de tecnologia, principalmente para o refino de petróleo e a liquefação de gás. São impostas travas às trocas comerciais, é proibida a atividade de diversos bancos iranianos e ampliada a lista de civis privados de visto. A Guarda Revoluçionária é um dos grupos mais afetados.
Em maio e dezembro de 2011, Bruxelas aprova dois novos pacotes de sanções: são congelados os bens de mais de 243 entidades iranianas e de cerca de 40 pessoas, que são impedidas de obter visto para entrar no bloco europeu.
Em 19 de janeiro de 2012, a União Europeia alcança um acordo para proibir a maioria das transações com o Banco Central do Irã. Nesta segunda-feira, dia 23, decidiu impor um possível embargo ao petróleo a partir de julho.
AFP
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