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RESISTÊNCIA JÁ
A morte da Marisa, não é diferente da morte dos milhares no Iraque, invadido, na Líbia destroçada, entre outros, as mãos são as mesmas, acrescentadas dos traidores locais.
Ministros cogitam rever penas impostas no julgamento do mensalão 30/11/2012
Personagens considerados secundários
tiveram condenações por alguns crimes acima das penas impostas a
personagens primários; STF deve discutir o assunto na próxima semana
Wilson Lima- iG Brasília
Advogados dos réus e até mesmo ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) admitem que existem incongruências na dosimetria
das penas de alguns dos 25 condenados no processo do mensalão
. Na última quarta-feira, o STF terminou a imputação das penas, mas
alguns ministros admitem que, na próxima semana, deve ocorrer uma
“adequação” na dosimetria.
O maior problema verificado nas penas impostas pelo
Supremo está no crime de corrupção passiva. Alguns personagens que
tiveram participação secundária no episódio receberam penas maiores ou
semelhantes a outros considerados “mais importantes” no esquema
descoberto em 2005.
Agência STF
Ministros devem discutir na próxima semana assuntos pendentes no julgamento do mensalão
Um dos maiores exemplos é do Bispo Rodrigues,
ex-PL. Ele recebeu R$ 400 mil do esquema de Marcos Valério e foi
condenado a 3 anos de prisão. Já Valdemar Costa Neto, ex-presidente da
legenda da qual Rodrigues fazia parte, que recebeu R$ 10 milhões (25
vezes mais que Rodrigues) e, segundo o STF, ele também era responsável
pela distribuição dos recursos aos demais membros do partido, foi
condenado a dois anos e seis meses de prisão. No julgamento, os próprios
ministros reconheceram que Rodrigues tinha uma importância menor que
Valdemar.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim
Barbosa, na sessão de quarta-feira alertou para esse tipo de
incongruência. Ele classificou de "absurda" a pena contra Valdemar Costa
Neto. “Lembro que Valdemar Costa Neto recebeu, nessas inúmeras vezes, o
montante de mais de R$ 10 milhões e, pelos critérios que vêm sendo
adotados por este plenário - e que considero equivocados, por essa razão
estou fazendo esse adendo -, lhe foi aplicada a pena de dois anos e
seis meses de reclusão, que, a meu sentir, é o absurdo dos absurdos”,
declarou. Valdemar Costa Neto recebeu a mesma punição que os réus Pedro
Corrêa (PR-PE), Pedro Henry (PP-MT), Romeu Queiroz (PSD-MG) e José Borba
(PP-PR).
As penas pelo crime de corrupção passiva destes foram,
por exemplo, bem inferiores à do ex-diretor de marketing do Banco do
Brasil Henrique Pizzolato. No mensalão, ele foi acusado de ter recebido
R$ 326 mil do esquema de Marcos Valério para facilitar a formalização de
contratos entre as empresas de publicidade de Valério com o Banco do
Brasil. Pelo crime de corrupção passiva, ele foi condenado a três anos e
nove meses de prisão.
Na visão de alguns ministros, o grande problema
verificado na fase de imputação de pena estava em uma dissintonia entre
aquilo que previu o ministro Joaquim Barbosa e o revisor Ricardo
Lewandowski. O primeiro previa penas mais duras; o segundo, penas mais
leves. Em alguns desses casos, prevaleceu a tese do revisor. No caso do
Bispo Rodrigues, prevaleceu a tese do relator. O ministro Marco Aurélio
de Mello, por exemplo, acredita que, se o Supremo tivesse analisado o
nexo de causalidade de alguns crimes antes da imposição da dosimetria,
esse problema não teria ocorrido.
Na próxima semana, o Supremo pretende rediscutir algumas
penas dos condenados no mensalão para corrigir justamente essas
distorções. A ideia, entretanto, deve gerar novos debates já que ela não
é bem vista por ministros como Lewandowski, embora seja defendia
enfaticamente por Barbosa. Além de uma possível reanálise de algumas
penas, o Supremo também vai definir aspectos técnicos como perda de
mandato automática de parlamentares condenados.
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