segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Tio Sam ficou sem grana para bancar o louco Bibi 26/11/2012







PRIMAVERA ÁRABE E BANCARROTA FINANCEIRA DOS ESTADOS UNIDOS IMPÕEM LIMITES À COVARDIA JUDAICA CONTRA PALESTINOS – Olha Bibi, Obama me mandou te dizer que acabou a mamata. Não temos mais dinheiro para bancar suas loucuras, de tentar ganhar mais uma eleição em Israel, jogando bombas em cima dos palestinos, para obter o apoio dos radicais judeus.
Gostamos de vocês, temos compromissos históricos com Israel,mas nosso caixa está baixo, meu. Precisamos resolver nossos problemas lá nos isteites. Estamos negociando duro com os nossos adversáriios republicanos, seus aliados, mas o fato é que eles mesmos já entenderam que têm de recuar, porque o cobertor tá curto, tá sabendo? Então, vamos parar com esse bombardeio aí sobre Gaza.
 Cada foguete que você manda para interceptar os que vêm da Palestina está custando 50 milhões de dólares. Vocês não têm essa grana. Conta com o nosso caixa. Mas, as finanças americanas estouraram.

Estamos tendo que emitir muito dinheiro para desvalorizar nossa dívida, manter o juro baixo , prá ver se a economia recupera, enquanto tentamos valorizar artificialmente a moeda dos outros, como cê sabe, muito bem. E, por isso, nosso dólar corre perigo de sofrer uma corrida especulativa, se a gente bancar essa guerra aqui.
O mercado financeiro desconfiará ainda mais da saúde financeira de Tio Sam.
Nosso gás para bancar essa firulas já era. Não somos mais aquela brastemp de antes, meu amigo. Manera aí. O melhor é fazer aquilo que fizemos no passado. Declara que venceu a batalha e pula fora. Assim, faremos um acordo de acomodação, colocando o Egito como algodão entre cristais. E, mais importante, pára com essa mania de perseguição, de que Ahmadinejad vai acabar com Israel, lançando bomba atômica em Telavive.

Os tempos são outros, Bibi. Vivemos, agora, época das vacas magérrimas, tá entendendo? É isso aí. – Mas…., Hillary. – Não tem mais choro nem vela, Bibi, são os fatos que estão falando mais alto. Você ainda não percebeu que Tio Sam quebrou, meu filho? Se liga, bicho. Vamos manter as aparências, tá legal?
Mudaram as condições objetivas na guerra entre palestinos e judeus.
A tecnologia deu o novo tom.
Bastaram os palestinos mandarem foguetes que começaram a cair em Telavive.
Logo o governo judeu sentiu a barra.
Viu que era passado o velho tempo em que tinha tudo do lado dele e do lado de lá os adversários lançavam pedras nos tanques, fazendo cosquinhas.
Restavam aos palestinos morrerem feito cães, sobrando-lhes a alternativa de virarem homens bombas etc.

Agora, não.
Gaza conseguiu acesso aos foguetes que chegam nas casas dos moradores da capital de Israel.
Se os palestinos ainda não dispõem da quantidade suficiente de armas, se não são ainda capazes de competirem num campo aberto, por outro lado as possuem em calibre mais ou menos equivalentes em potencial destrutivo.
A tendência é a evolução tecnológica proporcionar poder de fogo cada vez maior à turma da faixa de Gaza.
Evidentemente, tal fato faz crescer a confiança de quem estava muito por baixo no corpo a corpo.
Se antes era o corpo do palestino contra a bomba do judeu, no conflito que explodiu dessa vez ocorreu uma evolução diferente: é bomba contra bomba, é foguete contra foguete.
Quem financia o Hamas?
Isso são outros quinhentos.
Podem ser os árabes cheios de dinheiro, o Irã, a Síria, os herdeiros de Bin Laden da al-Qaeda, os Talebãs, a Rússia, a Turquia, ou a China?
Se as armas estão disponíveis no mercado, basta ter o dinheiro.

Já Israel, todos sabem, são os Estados Unidos os grandes financiadores do parque bélico, espacial e nuclear judaico.
Teria, nesse novo contexto, condições de Israel, num acesso de fúria, jogar bomba atômica em cima dos palestinos, alí, a poucos quilômetros de distância de Telavive, sem que a radiação nuclear afetasse igualmente palestinos e judeus, mandando todos para o além?
As novas circunstâncias, aparentemente, não são desfavoráveis a Israel, num confronto, dada a desproporção das forças armadas israelenses em comparação com as forças palestinas.
Se o exército de Israel decidir, para valer, pode entrar na Palestina e arrazar.
Por que não o faz?
Precisaria de financiamentos de Tio Sam, em massa.
Aí é que está o novo x do problema.
Diante do abismo fiscal que Barack Obama tem diante de si, nos Estados Unidos, não dá mais.
Tio Sam está sem caixa para financiar a loucura eleitoral de Bibi Netanyahu.
A coisa é manjada.
Para se viabilizar eleitoralmente, Bibi uniu seu partido de direita, o Likud, com a legenda Israel Beiteinu, do ministro de Relações Exteriores do país, Avigdor Lieberman, de orientação política nacionalista ainda mais radical, para acirrar os conflitos com os palestinos e, dessa forma, garantir mais um mandato em Israel, formando maioria do eleitorado favorável ao radicalismo doido.
Precede tal discurso as ações já conhecidas.
Estimulam-se invasões de territórios palestinos, jordanianos etc, ancoradas em movimentações de tropas.
Os agredidos palestinos, ao reagirem, são acusados de defenderem seus interesses, que, para os israelenses radicais, simplesmente, não justificam.
É a velha história da coitadinha da ovelha que bebe a água do lobo mau,embora esteja numa situação invertida, ela embaixo e ele numa elevação, na corrente inversa do curso dágua.
A corda tem sido esticada pelos radicais judeus até que arrebenta, em forma do que acabou de acontecer, ou seja, os palestinos decidirem ir às últimas consequências para não serem exterminados.
Assim compõe-se o jogo formado pela direita suicida de Israel, que se justifica agindo contra os radicais de Gaza sob comando do Hamas, amplamente, apoiado pela população.
Por que essa manobra dos radicais judeus está se inviabilizando?

Simples.
Washington pagava a conta.
O tesouro americano emitia papel para levantar recursos, a fim de ajudar os judeus.
Mas, como a dívida americana chegou a um patamar insuportável, diante do qual o mercado financeiro internacional ameaça fazer o que fez com a França essa semana, isto é, lançar uma moção de desconfiança nas finanças francesas, gerando tensão internacional contra o euro, Washington, naturalmente, está com medo de continuar indefinidamente pagando prá ver.
A prioridade de Barack Obama, por outro lado, é o desarmamento global, porque o caixa de Tio Sam não suporta sustentar, como antes, o Estado Industrial Militar Norte Americano, todo poderoso, sob pena de colocar em risco o dólar, que já se encontra sob desconfianças generalizadas diante da política monetária expansionista do Banco Central dos Estados Unidos.


O deslocamento de Hillary Clinton a Telavive, na base do desespero, evidenciou o óbvio.
Obama mandou o duro recado para Bibi: não dá para bancar a campanha eleitoral dele, Bibi, na base da pregação terrorista.
Os grupos políticos contrários a Bibi, favoráveis a um acomodamento com as forças palestinas, buscando a paz efetiva na região do Oriente Médio, ganham novo oxigênio, mediante essa nova postura da Casa Branca.
Na prática, Obama mandou Hilary a Telavive para rifar Bibi.
Logo em seguida, ela dirigiu-se ao Egito para estender o recado obamista, encontrando-se com o presidente Mohamed Morsi, da Irmandade Muçulmana, emergente ao poder egípcio, nas ondas da Primavera Árabe.
Como Washington precisa da mediação do Egito, Mohamed vira interlocutor fundamental para forçar Israel a um novo jogo no Oriente Médio.
A Primavera Árabe, portanto, começou a jogar água no chope de Bibi.
E mais, a jogada de Obama, desarma, também, o discurso de Israel contra o Irã, no molde em que predominou até às vesperas da eleição americana, como uma clara pressão dos judeus radicais, de ameçarem jogar bomba atômica sobre os aiatolás.
Santa crise financeira de Washington, cujos impasses vão criando problemas para Tio Sam articular seu antigo discurso unilateralista pelo mundo afora, em particular, no Oriente Médio, dando as cartas marcadas pelo direito da força em vez de optar pela força do direito!
A dificuldade financeira de Washington, os impasses internos, políticos, nos Estados Unidos, que racham os dois principais partidos, cuja aproximação requer acomodação de forças para enfrentar não os problemas externos, mas os domésticos, relacionados aos cortes de gastos e às escolhas sobre quem vai pagar a conta do abismo fiscal, impõem, no plano internacional, a necessidade de ultrapassagem do unilateralismo imperial, exigindo o contrário, ou seja, a necessidade do discurso multilateral.
É por aí, diante dessa fragorosa derrota estratégia de Bibi Netanyahu, que tendem a caminhar os novos fatos políticos no Oriente Médio, abrindo novas chances à paz, porque os guerreiros do Pentágono perderam fôlego diante do abismo fiscal norte-americano.
Amém.
Iranews

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