Com a mudança, o placar ficou empatado em 5 votos a 5. O empate favorece o réu.
A decisão diminuiu as seguintes penas:
- O ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP) teve a pena reduzida de nove anos e cinco meses para sete anos e dois meses, e poderá cumprir em regime semiaberto;
- O ex-assessor do PP João Cláudio Genu teve a pena diminuída de sete anos e três meses para cinco anos;
- O ex-sócio da corretora Bônus Banval, Enivaldo Quadrado (condenado por lavar dinheiro para o PP) passa do regime semiaberto (cinco anos e nove meses) para o aberto (três anos e seis meses);
O outro beneficiado foi o advogado Rogério Tolentino. O ministro disse que reavaliou os fatos e viu que ele não participou do esquema de quadrilha, pois apenas tomou um empréstimo no Banco BMG. Com a redução do crime de quadrilha, a pena de Tolentino sai do regime fechado (oito anos e cinco meses) para o semiaberto, a seis anos e dois meses.
Não foi surpresa nenhuma. A mudança de voto confirma as incertezas e insegurança jurídica que cercaram este julgamento. Novas revisões são esperadas, seja até o fim do julgamento, seja nos embargos, quando os ministros se aprofundarem nos autos, levando em consideração os detalhes apresentados pelas defesas, até agora ignorados, sob pressão dos holofotes das TVs e do clima eleitoral.
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