sexta-feira, 6 de julho de 2012

Eslovénia pode ser o sexto país a pedir resgate financeiro 06/07/2012

A Eslovénia é a quarta economia mais pequena da zona euro e adotou a moeda única em 2007. Os rumores de bancarrota fizeram disparar os custos de financiamento do país e a rentabilidade dos títulos da dívida pública a dez anos situam-se acima de 6%. Por Marco Antonio Moreno
O Governo esloveno decidiu nesta terça feira (3 de julho de 2012) a recapitalização da primeira entidade financeira do país, o Nova Ljubljanska Banka (NLB)
O Governo esloveno decidiu nesta terça feira (3 de julho de 2012) a recapitalização da primeira entidade financeira do país, o Nova Ljubljanska Banka (NLB)
À medida que os rumores começam a tomar corpo, há que dizer que a Eslovénia pode ser a sexta economia da zona euro a pedir resgate financeiro, depois dos casos de Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Chipre. A Eslovénia é a quarta economia mais pequena da zona euro e adotou a moeda única em 2007, pouco anos de ter estalado a crise do subprime nos Estados Unidos. Os rumores de bancarrota fizeram disparar os custos de financiamento do país e a rentabilidade dos títulos da dívida pública a dez anos situam-se acima de 6%.
O Governo esloveno decidiu nesta terça feira (3 de julho de 2012) a recapitalização da primeira entidade financeira do país, o Nova Ljubljanska Banka (NLB). Este banco receberá 383 milhões de euros da União Europeia, que serão financiados pelo Estado esloveno e pelo banco belga KBC. A operação foi aprovada pela Comissão Europeia e soma-se a uma ajuda estatal de 250 milhões de euros, apoiada por Bruxelas, no passado mês de março. E isto é a ponta do iceberg. Outras entidades financeiras como Nova KBM ou Abanka Vipa também necessitam importantes recapitalizações para sobreviver ao tsunami financeiro que a Eslovénia sofre e que assolou vários países da zona euro.
A Comissão Europeia aprovou uma injeção temporária de capital de 382,9 milhões de euros ao Grupo Nova Ljubljanska Banka (NLB), por razões de estabilidade financeira. Ao mesmo tempo, a Comissão abriu uma investigação em profundidade sobre o plano de reestruturação do banco, na qual se procura abordar adequadamente as causas da sua situação financeira. A Eslovénia notificou da sua intenção de subscrever 320 milhões de euros em instrumentos convertíveis contingentes e 62,9 milhões de euros em ações comuns com o fim de melhorar o capital do NLB, para que o banco cumpra com os requisitos bancários europeus das provas de stress.
Artigo de Marco Antonio Moreno, publicado em Jaque al Neoliberalismo. Tradução de Carlos Santos para esquerda.net

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