O Pentágono anunciou nesta segunda-feira o envio de um porta-aviões e sua frota ao Golfo Pérsico quatro meses antes do previsto, a fim de manter um mínimo de dois navios ao mesmo tempo na região, que se encontra em alta tensão.
USS John C. Stennis (CVN-74)
O secretário de Defesa dos Estados
Unidos, Leon Panetta, aprovou na semana passada o pedido do Comando
Central, que supervisiona a segurança no Oriente Médio, de antecipar o
envio do porta-aviões John C. Stennis para setembro, informou o
secretário de imprensa do Pentágono, George Little. “Há uma série de
fatores que contribuem para estes novos requerimentos e decisões” disse
Little, para quem a medida não é uma ameaça concreta.
De acordo com o secretário do Pentágono,
trata-se de uma extensão das bases que os EUA têm na área do Oriente
Médio, uma região que enfrenta, segundo ele, uma “variedade de
desafios”.
“Não é segredo que os Estados Unidos e
os aliados enfrentam uma série de desafios de diversos cantos”, declarou
o secretário de imprensa do Pentágono, que, no entanto, descartou que
isso esteja relacionado com a situação na Síria e a ameaça do Irã de
fechar o Estreito de Ormuz. “O Departamento de Defesa é consciente dos
desafios provocados pelo Irã, mas esta não é uma decisão baseada somente
nisso”, disse Little.
Atualmente há dois porta-aviões
americanos na região, o Abraham-Lincoln, que está no mar da Arábia, e o
Enterprise, no Golfo Pérsico. O primeiro será substituído pelo
Eisenhower, que já se encontra no Mediterrâneo.
É previsto que o porta-aviões Stennis,
que possui uma tripulação de mais de 5 mil marinheiros, parta no final
de ano. Se isso se confirmar, será evitado um período de transição com
apenas uma embarcação do tipo na região. “A decisão apoiará os atuais
requisitos da força naval no Oriente Médio e reduzirá a brecha causada
pela saída próxima do USS Enterprise”, salientou Little.
O Comando Central mantém uma política
que consiste em ter uma média anual de presença na região de 1,7
porta-aviões, levando em conta a saída e entrada das substituições,
embora tenha mantido sempre dois, uma tendência que confirma a mudança
de data da substituição do Enterprise.
Fonte: Terra
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