A chegada de foguetes SAM-7 - procedentes de Líbia e com a cumplicidade da Turquia - às mãos dos grupos armados sírios foi denunciada nesta sexta (14) pelo jornal britânico The Times.
Um artigo desse jornal, que cita a agência árabe síria de notícias Sana, denuncia a chegada à Turquia, procedente da Líbia, de um barco com 400 toneladas de equipamentos bélicos, os quais, afirma, já foram entregues aos grupos opositores armados dentro da Síria.
Foguetes SAM-7 (Míssil Terra-Ar) e lança-foguetes RPG, entre outros materiais, fazem parte da carga que, segundo um membro do chamado Exército Livre Sírio citado pelo jornal, é a maior de seu tipo até o presente.
O barco chamado "Vitória" está ancorado no porto de Iskenderun e seu capitão, Omar Musab, é de nacionalidade líbia, da cidade de Bengazi, onde dirige uma organização chamada "Conselho Nacional Líbio de Alívio" e se encarrega da transferência de equipamentos aos grupos armados na Síria, precisou a Sana.
Citado pelo The Times, Musab assinalou que os grupos opositores têm agora mais armas das que necessitam. O jornal britânico indicou que a Irmandade Muçulmana da Síria e o chamado Exército Livre não se colocaram de acordo sobre o controle desse carregamento de material bélico.
Ele afirmou que imagens e gravações demonstram que o carregamento chegou à fronteira com a Síria e que 80 por cento já está no interior desse país.
O SAM-7 é um foguete de superfície que pode percorrer sete quilômetros e se guia por raios infravermelhos, o que pressupõe que, na tentativa de derrubar um avião ou helicóptero, o projétil avança diretamente para o calor dos motores, asseguram especialistas.
A sofisticação dessas armas, com um comprimento de aproximadamente dois metros, permite-lhes também derrubar aviões de combate, devido à velocidade que atingem, de até duas vezes e meia acima da barreira do som.
Esse tipo de armamento manteve as tropas estadunidenses em alerta durante suas agressões ao Afeganistão e ao Iraque devido a seu uso pelos rebeldes, inclusive durante o final do século 20 e, na atualidade, Washington realizou negociações com o governo da Nicarágua para desativar arsenais desses foguetes em seu poder.
Recentemente, porta-vozes dos insurgentes sírios ameaçaram derrubar aviões civis, algo que provocou reações contrárias em diversas capitais do mundo.
Fonte: Prensa Latina
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