sábado, 4 de maio de 2013

Governo inclui mais quatro projetos militares no PAC 04/05/2013

DefesaNet

Virgínia Silveira
O governo federal incluiu o programa de desenvolvimento da aeronave militar KC-390, sob a responsabilidade da Embraer, e dos helicópteros das Forças Armadas EC-725, a cargo da Helibras, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A portaria foi publicada no dia 16 de abril e prevê o repasse de R$ 444,3 milhões para os helicópteros e de R$ 1,185 bilhão para o KC-390 em 2013.
Também foram incluídos no PAC o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) e o Programa Nuclear da Marinha, que este ano receberão R$ 2,5 bilhões. É o segundo ano que o governo inclui projetos da indústria de defesa no PAC. Em junho de 2012, o Ministério da Defesa recebeu R$ 1,527 bilhão do PAC Equipamentos, para a compra de 4.170 caminhões, 40 carros de combate Guarani, da Iveco, e 30 veículos lançadores de mísseis Astros 2020, produzidos pela Avibras.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que a inclusão desses projetos no PAC é "uma garantia de que os programas estratégicos da Defesa serão executados e não serão afetados por contingenciamentos". Para Walter Bartels, presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (Aiab), "o PAC garante recursos adequados e contínuos para o desenvolvimento dos programas".
O presidente da Helibras, Eduardo Marson, disse que a decisão de incluir projetos estruturantes do setor de defesa no PAC representa avanço importante no entendimento do governo de que se trata de um segmento prioritário para o desenvolvimento econômico do país. "O KC-390 e o HX-BR, como foi denominado o programa dos helicópteros, são vistos como projetos estruturantes do setor aeronáutico porque envolvem o desenvolvimento de tecnologia estratégica e a participação da indústria nacional."
O programa HX-BR conta hoje com 16 parceiros estratégicos na indústria brasileira e outros 39 fornecedores nacionais. O contrato de desenvolvimento e produção de 50 helicópteros para as três Forças Armadas está avaliado em € 1,89 bilhão.
Procurada pelo Valor, a Embraer informou que já havia tomado conhecimento do fato, mas que não comentaria o assunto. Em teleconferência sobre os resultados do balanço do primeiro trimestre deste ano, esta semana, o presidente da empresa, Frederico Fleury Curado, informou que o KC-390 tem receita prevista de US$ 450 milhões este ano. Os recursos estão vinculados ao contrato de desenvolvimento da aeronave para a FAB, avaliado em US$ 2 bilhões.
Segundo o Valor apurou, até meados deste ano serão iniciadas as negociações para o contrato de produção dos 28 aviões que a FAB já havia anunciado a intenção de compra no início do programa. Além do Brasil, a Embraer também espera que as primeiras vendas do KC-390 sejam efetivadas pelos países que participam do desenvolvimento da aeronave, como Argentina, Chile, Colômbia, Portugal e a República Tcheca.

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