sexta-feira, 3 de maio de 2013

Pré-sal atrairá US$ 78 bi para o litoral paulista até 2025 03/05/2013




Estudo prevê efeitos de R$ 420 mi a cada R$ 1 bi investidos na indústria de P&G
Por Lilian Milena, Do Brasilianas.org
Segundo avaliação encomendada pela Secretaria de Energia do Estado de São Paulo, o litoral paulista deverá receber US$ 78 bilhões em investimentos na área de petróleo e gás natural, até 2025, para atender a demanda de exploração do pré-sal.
O Subsecretário de Petróleo e Gás, da Secretaria de Energia do Estado, Ubiraja Sampaio de Campos, afirma que a maior parte desses investimentos será realizada pela iniciativa privada. Ele participou da abertura do 38º Fórum de Debates Brasilianas.org, realizado em Santos, na última terça-feira (30). O Plano de Negócios da Petrobras prevê, no horizonte 2013-2017, investimentos da ordem de US$ 9,5 bilhões em exploração e pesquisa em São Paulo, apenas.
Segundo Ubirajara, R$ 1 bilhão na cadeia de petróleo e gás resultará em um efeito de R$ 420 milhões sobre os demais setores produtivos de São Paulo e 9 mil novos postos de trabalho.
A Baixada Santista Central, composta pelas cidades de Santos, Guarujá e Cubatão, concentrará mais de 93% dos recursos que serão alocados no litoral paulista, por conta da infraestrutura já estabelecida na localidade, com destaque para o Porto de Santos. O subsecretário aponta ainda que, juntos, os setores de petróleo e gás e o Porto de Santos têm potencial para atrair R$ 209 bilhões, até 2025.

Toda essa previsão de investimentos levou o governo estadual a decretar em agosto de 2010 o Programa Paulista de Petróleo e Gás Natural com os objetivos de: internalizar os benefícios econômicos e sociais; minimizar ou eliminar os potenciais impactos ambientais e sociais da indústria de P&G; e consolidar a inteligência do petróleo e gás natural "tornando o estado [de São Paulo] referência mundial em pesquisa e desenvolvimento tecnológico na área", completa o subsecretário.

Dentre as ações em andamento, no âmbito do PPPGN, estão a instalação da primeira empresa fornecedora da Petrobras no Guarujá (Saipem), de grande porte, que promete criar até mil empregos com investimentos de R$ 117 milhões, além da criação do Centro de Pesquisas em Petróleo e Gás na Baixada Santista (Cenpg-BS), com participação da Universidade Estadual Paulista (UNESP), universidades locais e Petrobras.
O programa prevê uma linha de financiamento para fornecedores da cadeia de P&G, dentro do programa Desenvolve SP e também a readequação tributária do ICMS, criando um Repetro Paulista - regime aduaneiro especial de exploração e importação de bens destinados à exploração e à produção de petróleo e gás natural.
A grande discussão em torno dessas previsões é o tamanho exato do pré-sal no território do estado. Ubirajara também pontua que São Paulo tem dificuldades de discutir ações tanto com a Petrobras quanto com o governo Federal.
O jornalista Luis Nassif, mediador do evento, critica a dificuldade de diálogo, em especial, entre municípios e estados para projetos regionais, avaliando que esse tipo de postura ainda reflete o “apagão de planejamento” sofrido pelo país durante décadas.

Ubiraja Sampaio de Campos Foto: Ignacio Lemus/ADV

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