Opera Mundi
Em reação contra presidente, manifestantes incendeiam diretórios do partido governista no Egito
Nesta quinta-feira, Mohammed Mursi anunciou que governará por decreto e disse que suas decisões são "irrevogáveis"
Efe
Em um dia marcado por protestos da oposição contra o governo egípcio, manifestantes incendiaram diversos diretórios da Irmandade Muçulmana, partido do presidente Mohammed Mursi.
Segundo a TV estatal, essa seria uma reação direta à decisão de Mursi de governar por decreto, desautorizando que até mesmo o Judiciário revogue suas medidas.
Lideranças da oposição, entra elas o diplomata e nobel da paz Mohammed el Baradei, convocaram os protestos ainda pela manhã, durante uma entrevista coletiva concedida a agências internacionais.
Na noite desta quinta-feira (22/11), partidários da Irmandade Muçulmana se reuniram em frente à Suprema Corte de Justiça do Egito em um gesto de apoio à decisão de Mursi.
O argumento do governo é de que apenas dessa forma será possível “limpar as instituições do Estado” e, portanto, conferir “estabilidade à revolução”. El Baradei reagiu a essas declarações por meio de sua conta no Twitter e chamou o atual presidente de “novo faraó egípcio”.
Em um de seus primeiros decretos, Mursi determinou que aqueles que lutaram contra os opositores ao regime do ex-ditador Hosni Mubarak passem por um novo julgamento.
De acordo com a agência estatal Mena, um hospital na capital Cairo já recebeu três pessoas feridas por conta dos conflitos entre oposição e governo nas ruas da cidade.
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