Operação da PF atinge AGU e candidato ao STF
O advogado-geral da União adjunto, José Weber Holanda, é alvo da operação Porto Seguro, coordenada pelo delegado Roberto Troncon (à esq.). Holanda é o braço direito do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams (à dir.), cotado para assumir a vaga aberta por Carlos Ayres Britto no Supremo Tribunal FederalAdams se reuniu com sua equipe no início da manhã para avaliar o impacto da operação na pasta, e espera-se que a AGU solte nota sobre o caso. O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa infiltrada em órgãos federais com o objetivo de obter pareceres técnicos fraudulentos e beneficiar interesses privados.
Segundo o delegado Roberto Troncon, superintendente regional da PF em São Paulo, os servidores investigados integram os quadros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), além da Secretaria do Patrimônio da União, do Tribunal de Contas da União (TCU), da Advocacia-Geral da União (AGU), e do Ministério da Educação (MEC).
"Tratavam-se de servidores de segundo e terceiro escalões que também agiram por conta própria", descatou o delegado. Troncon disse ainda que "os dirigentes máximos dos órgãos públicos colaboraram prontamente para o cumprimento dos mandados judiciais e com a investigação".
Indiciados
A PF divulgou que já indiciou criminalmente 18 investigados pela operação, que abarca São Paulo, Brasília e os municípios paulistas de Cruzeiro, Dracena e Santos. Segundo a PF, entre os indiciados estão empresários, advogados e agentes públicos. Eles foram formalmente acusados de corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e tráfico de influência.
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